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Culture

Labrys e Duplo Vênus: Saiba mais sobre os significados de alguns símbolos lésbicos

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Você provavelmente já conhece a bandeira arco-íris, criada em 1979 pelo ativista Gilbert Baker como símbolo do orgulho gay e da comunidade LGBT. Ela foi um pedido de Harvey Milk para representar o movimento homossexual, e é conhecida mundialmente hoje em dia. Ao longo dos anos, com o crescimento da luta a favor de direitos homossexuais, muitos outros ícones foram criados. Mas além deles, você sabia que a comunidade lésbica também criou e utiliza dos seus próprios símbolos?

No inicio do movimento feminista, as necessidades e vontades da comunidade lésbica não eram ouvidas. Acontecia uma forte exclusão de mulheres homossexuais dentro do feminismo, e isso teve grande influência no fortalecimento de sua comunidade e na criação de novos projetos e protestos, como a Ameaça Lavanda (Lavender Menace). A seguir estão os significados de cinco símbolos importantes para a luta a favor de seus direitos.

LAVANDAS E A COR LILÁS

Em 1970, Betty Friedan, a presidente da Organização Nacional para as Mulheres, expôs ao movimento as integrantes lésbicas que acreditava que seriam um perigo para o feminismo, como uma “Ameaça Lavanda”. No próximo congresso da organização, entraram no palco várias mulheres vestindo camisetas roxas dando inicio a uma coversa sobre a importância do reconhecimento do lesbianismo no movimento feminista.

Mesmo tendo sido criado como um termo pejorativo, as feministas lésbicas da época reivindicaram o título de “Ameaça Lavanda” para si, e essas flores são usadas até hoje pela comunidade.

TRIÂNGULO INVERTIDO

O triângulo preto invertido foi criado na segunda guerra mundial, com o intuito de identificar mulheres lésbicas nos campos de concentração. Consideradas impróprias e antissociais pelos nazistas, elas foram cruelmente perseguidas durante o holocausto. Desde então, o movimento lésbico se apropriou dessa figura e a ressignificou, transformando-a em um símbolo de resistência.

É importante lembrar que o triângulo invertido foi usado para identificar mais de um grupo de pessoas durante a segunda guerra mundial, como a população Cigana/Romani. Por isso, vem sendo questionada a ressignificação dele pela comunidade, e muitas lésbicas não o utilizam mais em respeito a esses grupos étnicos e ao povo judeu. Apesar de existir essa controvérsia acerca de seu uso, ele deve sempre ser respeitado.

LABRYS

Do grego “dupla lâmina”, a Labrys é um machado que representa uma afirmação do feminino. É associado a várias divindades femininas da mitologia greco-romana, como Gaia, Réa, Ártemis, e tem um grande significado para a comunidade lésbica. Esse símbolo começou a ser usado na década de 70 por feministas homossexuais e representa empoderamento e resistência lésbica.
Junto à cor roxa e ao triangulo invertido, esse ícone faz parte da bandeira lésbica Labrys, criada em 1999 por Sean Campbell.

BANDEIRA SUNSET

Adotada recentemente pela comunidade lésbica, a bandeira Sunset ganhou popularidade nos últimos anos. Criada por Emily Gwen, ela possui as cores do pôr do sol, e muitas lésbicas preferem e consideram ela como a bandeira lésbica oficial. 

Apesar da versão de cinco listras ser popular, a versão original possui sete, e cada uma tem um significado: Do laranja ao rosa, os significados são não conformidade de gênero, independência, comunidade, relações únicas com o gênero feminino, paz e serenidade, amor e sexo e feminilidade. Por englobar todas essas identidades, ela é considerada a bandeira lésbica mais inclusiva.

DUPLO VÊNUS

Esse símbolo representa a homossexualidade feminina. É possivelmente um dos mais utilizados pela comunidade lésbica. Ele consiste em dois símbolos de vênus, representado por um círculo e uma cruz, interligados lado a lado. Na astrologia e mitologia greco-romana, ele representa o planeta Vênus e está associado com a deusa romana do amor e da beleza.

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O artigo acima foi editado por Larissa Gabriel.

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Mariana da Costa

Casper Libero '25

Journalism student at Cásper Líbero. Passionate about writing, slightly obsessed with the color green and a huge Star Wars fan.