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Culture

#5 Bandas De Rock Incríveis Formadas Apenas Por Mulheres

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Pessoas que foram criadas ao som do Heavy Metal podem ter notado que o campo artístico do Rock muitas vezes é monopolizado por expoentes masculinos. Podemos tomar como: U2, Metallica, Rush, Linkin Park, Iron Maiden, Dave Matthews Band, Pearl Jam e Led Zeppelin. Todos homens, sem exceção.

Mas o fato é que as mulheres jamais estiveram afastadas do rock, seja como ouvintes, musicistas, letristas ou produtoras. Elas são uma base importantíssima para este gênero e, querendo honrar essa contribuição, além de oferecer caminhos para quem deseja se aventurar por este nicho, desenvolvemos uma lista com 5 bandas cuja formação é completamente feminina.

O catálogo está longe de ser completo, mas tentamos englobar bandas novas e antigas numa lista para introduzir o tema. Ainda assim, espero que as sugestões a seguir te encantem tanto quanto a mim. Sem mais delongas, vamos começar!

The Runaways

O The Runaways foi formado em 1975 pela guitarrista Joan Jett e pela baterista Sandy West. Mais tarde, diversas integrantes, em especial baixistas, tiveram passagem carimbada pelo grupo ao longo de sua curta vida na estrada, como Micki Steele, Peggy Foster, Jackie Fox, Vickie e Blue Laurie McAllister, todas no baixo, Lita Ford na guitarra e Cherie Currie no teclado.

Algumas vezes desmoralizadas por seu som um tanto cru e carregado na guitarra (mas que combinava, e muito, com o movimento heavy metal e hard rock dos Estados Unidos nos anos 1970) elas são um exemplo muito interessante para iniciar a nossa lista.

Logo em seu primeiro ano de atividade, elas assinaram contrato com a Mercury Records e lançaram o álbum “The Runaways”, mas a joia do quinteto está mesmo no segundo, “Queens of Noise”, que conta como faixa-título uma composição bem envolvente e agressiva.

Com uma discografia “explosiva, barulhenta, provocante e suja”, o The Runaways marcou sua presença na música e no início do punk rock como o conhecemos.

Músicas para colocar na playlist:

Cherry Bomb

Dead End Justice

Rock N Roll

California Paradise

The Linda Lindas

Nosso expoente mais jovem – tanto em carreira como em idade das integrantes – chegou com tudo! O The Linda Lindas é um grupo formado em 2018 por Bela Salazar (guitarra e vocal, 16), Eloise Wong (baixo e vocal, 13), Lucia de la Garza (guitarra e vocal, 14) e Mila de la Garza (bateria e vocal, 10).

As garotas alternam os instrumentos e estão chamando bastante atenção do público e de músicos consagrados como Hayley Williams (Paramore), Tom Morello (Rage Against the Machine), Flea (Red Hot Chili Peppers), Brett Gurewitz (Bad Religion) e Kathleen Hanna (Bikini Kill) pelo seu estilo punk de garagem revitalizado.

Outras conquistas são sua participação especial na trilha (e na tela) do filme “Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta”, de 2021, e sua música original para o documentário “The Claudia Kishi Club”, de 2020. Ambos estão disponíveis na Netflix.

O The Linda Lindas veio para provar que ouvir um bom grunge ainda é possível hoje. Com energia e carisma, elas se mostram a promessa para o rock e são uma ponte para o revival do movimento Riot Grrrl.

Músicas para colocar na playlist:

Racist, Sexist Boy

Rebel Girl

Claudia Kishi

Monica

L7

A banda teve seu início em 1985 quando Suzi Gardner (vocal e guitarra) conheceu Donita Sparks (vocal e guitarra). Hoje, o L7 também conta com Jennifer Finch (baixo e vocal) e Demetra Plakas (bateria e vocal) entre suas integrantes.

Com um som forte e feroz, o grupo trabalha a música com o ataque e a simplicidade do punk e a torna atrativa para o mainstream por meio do grunge. Um de seus álbuns mais expressivos é o “Bricks are Heavy”, que galgou grande respeito e popularidade para a banda em países ao redor do globo.

Utilizando a música como plataforma para pautas relevantes, o L7 desenvolveu, em 1991, a fundação “Rock for Choice” de shows beneficentes em defesa dos direitos das mulheres sobre seus corpos e para a legalização do aborto. O festival rendeu ainda o álbum “Spirit of’73: Rock for Choice”, de 1995, no qual fazia o compilado de covers de bandas femininas da década de 1970 por parte de musicistas mulheres que iniciaram suas atividades em 1990.

Apesar de terem dissolvido o quarteto não-oficialmente em 2000, a banda retornou aos palcos em 2014 e segue ativa. Vale a pena conferir um dos álbuns mais recentes, “Scatter the Rats”, de 2019.

Músicas para colocar na playlist:

Pretend We’re Dead

Wargasm

Fuel My Fire

Shitlist

Viuda e Hijas de Roque Enroll

Formado em 1983, esse grupo foi um dos maiores e mais emblemáticos expoentes do movimento “Divertido”, ou “Fun Music”, do rock argentino nos anos 1980. Com melodias cativantes, e mesmo chicletes, figurinos espalhafatosos e letras cômicas, o Viuda e Hijas de Roque Enroll merece nossa atenção por sua proposta diferente.

A banda – composta, originalmente, por Mavi Díaz (vocal), María Gabriela Epumer (guitarra e vocal), Claudia Sinesi (baixo e vocal) e Claudia Ruffinatti (teclados e vocal), além de músicos convidados – se tornou popular ainda em seu primeiro álbum, homônimo ao nome do quarteto, lançado em 1984, que continha o hit “Bikini Amarillo”.

Apesar de uma vida relativamente curta, o Viuda e Hijas de Roque Enroll nos deixou um grande legado e uma discografia envolvente. Em 2014 também, três de suas integrantes voltaram a tocar juntas com direito a apresentações de seus grandes sucessos. Vale a pena conferir!

Músicas para colocar na playlist:

Hawaiian Twist II

Ludovica

La Familia Argentina

Lollipop

Dominatrix

O Dominatrix é uma banda de hardcore brasileira formada em 1995. A grande meta do grupo é levar uma mensagem de igualdade entre os sexos, sendo um dos precursores do movimento “Riot Grrrl” no Brasil e, atualmente, elas também são promotoras dos festivais LadyFest e Girls Rock Camp, e “madrinhas” de bandas femininas em ascensão no país.

As irmãs e fundadoras, Isabella (baixo e vocal) e Elisa (guitarra e vocal) Gargiulo, juntaram-se a Estela Homem (bateria) e lançaram a demo “Pink Hair Rules”, em 1996. Já no ano seguinte veio o primeiro álbum “Girl Gathering”. Hoje, com mais de duas décadas de estrada, a formação da banda consiste em Elisa, Marina Takahashi (guitarra), Cleu Fogaça (baixo) e Pitchu Ferraz (bateria).

Devemos honrar o Dominatrix por este ser uma peça fundamental do punk brasileiro. E não só isso: mostraram para uma geração inteira de meninas que sim, mulheres gostam de rock e podem viver música. Essa força levou, inclusive, ao nascimento de outras bandas, como Bulimia, Hitch Lizard e Same…

Músicas para colocar na playlist:

Meu Corpo é Meu

Esquece a Volta

Quem Defende pra Calar

Filhas, Mães e Irmãs

Infelizmente nossa lista chegou ao fim, mas antes gostaríamos de deixar algumas menções honrosas que valem muito a sua escuta: Babes in Toyland, The Donnas, Kittie, Cherri Bomb (atual Hey Violet), Nervosa, 4 Non Blondes, Sempre Livre, Bikini Kill, Las Ultrasónicas e The Pandoras. Aumenta o som!

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O artigo acima foi editado por Leticia Rocha.

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Sabrina Andrade

Casper Libero '21

Graduanda da Faculdade Cásper Líbero em Jornalismo. Gosto de falar sobre Entretenimento.