Nos últimos anos, a ideia de jovens adultos morando com seus pais tem se tornado cada vez mais comum. Porém, continua sendo um tema que gera muitas discussões e opiniões.
Essa geração que prolonga a convivência na casa dos pais, mesmo depois de atingir determinada independência financeira, é conhecida como “geração canguru”. O nome vem da comparação dos jovens com os cangurus, que só saem da bolsa da mãe quando se sentem seguros.
Questões econômicas
Com o aumento dos custos de vida, muitos jovens encontram dificuldades para se sustentar sozinhos, por isso morar com os pais pode ser uma solução prática para economizar dinheiro e, ao mesmo tempo, planejar um futuro financeiro mais estável. Além da dificuldade que podem ter de encontrar um emprego e receber um salário de acordo com suas expectativas e que permitam ter o mesmo estilo de vida de antes.
Apoio Emocional
A transição para a vida adulta pode ser um choque de realidade para alguns. Portanto, ter o apoio emocional da família pode ser um grande alívio, uma vez que morar com os pais possibilita que os jovens tenham um ambiente seguro e familiar, enquanto enfrentam os desafios da formação profissional e pessoal, além de todo apoio e a orientação de que precisam para enfrentar as demais circunstâncias da vida.
A “estadia” extra também pode ser uma oportunidade para fortalecer os laços familiares e compartilhar momentos. Além disso, a proximidade com a família pode oferecer um suporte emocional valioso durante os anos de formação profissional e pessoal.
Cultura e Tradição
Em muitas culturas, como a chinesa, é comum que os jovens permaneçam na casa dos pais até se casarem ou alcançarem uma estabilidade financeira, pois valorizam a convivência familiar. Já na cultura indiana, por exemplo, existem casais que residem na casa dos pais até o casamento, e ainda aqueles que permanecem no lar do pai do noivo mesmo depois de casados, principalmente nas famílias tradicionais.
No entanto, em outras, há uma expectativa de que os jovens saiam de casa assim que atingem a maioridade. Essa prática não é vista como um sinal de dependência, mas sim de união familiar e respeito às tradições.
Desenvolvimento Pessoal
Morar com os pais não significa necessariamente falta de independência. Muitos jovens conseguem equilibrar a convivência familiar com o desenvolvimento de suas habilidades pessoais e profissionais. É possível contribuir nas tarefas domésticas, dividir responsabilidades e, ao mesmo tempo, buscar crescimento pessoal, enquanto reside no ambiente familiar.
Não morar sozinho aos 20 anos não é algo que deva ser visto com preconceito, por mais que a sociedade tenha opiniões divididas acerca do tema, cada indivíduo tem suas próprias circunstâncias e desafios por trás dessa escolha. O mais importante é buscar um equilíbrio que permita crescimento pessoal, estabilidade financeira e bem-estar emocional.
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O artigo abaixo editado por Ana Carolina Carvalho.
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