A obra Don’t Worry Darling tem sido um dos filmes mais comentados por suas polêmicas durante o 79° Festival de Cinema de Veneza. Dirigido por Olivia Wilde, o filme conta com Harry Styles, Florence Pugh, Chris Pine e Gemma Chan.
O festival deste ano aconteceu entre os dias 31 de agosto e 10 de setembro e, além da produção estrelada por Harry Styles, contou com a estreia de vários outros filmes que ganharam destaque nos holofotes. Confira cinco deles que roubaram a cena no Festival de Veneza deste ano e que você precisa conhecer!
Blonde
Um dos filmes mais comentados do festival é Blonde, do diretor Andrew Dominik. O longa conta a história da estrela de Hollywood, Marilyn Monroe, interpretada por Ana de Armas.
O retrato fictício da vida da atriz reimagina a vida de Marilyn desde sua infância, como Norma Jeane, até o estrelato, mostrando que nem tudo eram flores por trás das câmeras que cercavam a atriz. O longa de Dominik foi ovacionado por 11 minutos no Festival de Veneza, começando a sua estreia com o pé direito.
Quando o trailer do filme foi lançado, Ana de Armas passou a ser criticada pela forte presença de seu sotaque cubano, que não é característico da estrela de Hollywood.
Por outro lado, os representantes de Marilyn Monroe a elogiaram: “Qualquer atriz que assume esse papel sabe que tem uma grande história para preencher. Com base apenas no trailer, parece que Ana foi uma ótima escolha de elenco, pois ela captura o glamour, a humanidade e a vulnerabilidade de Marilyn“.
Durante entrevistas no Festival de Veneza, a protagonista do longa revelou que sentia a presença da musa nos sets de filmagem.
“Eu realmente acredito que ela estava muito perto de nós, ela estava conosco… Ela era tudo que eu pensava, ela era tudo que eu sonhava, ela era tudo que eu podia falar. Ela estava comigo e foi lindo. Acho que ela estava feliz… Estando nos mesmos lugares que ela estava, filmando em sua casa, foi uma sensação muito forte de que havia algo no ar e acho que ela estava aprovando o que estávamos fazendo” – Ana de Armas
The Whale
Outra novidade apresentada no Festival de Veneza foi o novo filme do diretor Darren Aronofsky, e marca a volta de Brendan Fraser para os holofotes.
O longa é baseado na premiada peça de teatro de 2012, The Whale, e conta a história de Charlie (Brendan Fraser), um professor que abandonou a família para se relacionar com outro homem. Anos mais tarde e pesando mais de 200 quilos, procura se reconciliar com a sua filha de 17 anos.
O início dos anos 2000 indicava que Fraser teria uma carreira brilhante pela frente mas,em 2003, o ator foi vítima de assédio sexual quando foi “apalpado” pelo jornalista Philip Berk, o então presidente da Associação de Imprensa Estrangeira, que promove o Globo de Ouro.
O ator só conseguiu vir a público para falar sobre o assunto em 2018, em entrevista para a revista GQ dos Estados Unidos. Na época, o ator não teve coragem de prestar queixa, pois não queria ter que reviver aquela experiência traumática, mesmo assim, ele não conseguia esquecer, e isso fez com que ele recuasse e se confinasse, o levando à depressão. Berk negou a acusação, e garantiu à GQ que a história havia sido inventada por Fraser. A vida do ator nunca mais foi a mesma, e somente agora, quase 20 anos depois, Fraser pouco a pouco coloca a sua carreira nos trilhos novamente.
Depois da exibição, o longa foi aplaudido por mais de 6 minutos, deixando Brendan Fraser emocionado. O ator ficou conhecido por filmes como “A Múmia” (1999), e “George, o Rei da Floresta” (1997).
Bones and All
O novo filme de Luca Guadagnino também teve a sua estreia no festival. Bones and All conta com Taylor Russel (Escape Room) e um dos atores mais queridos de Hollywood atualmente, Timothée Chalamet (Duna).
A história é baseada no romance de Camille DeAngelis, e acompanha a jovem Maren Yearly (Russel), que depois de ter sido abandonada por sua mãe, embarca em uma viagem em busca pelo seu pai que nunca conheceu, em uma tentativa de entender o seu passado. No meio dessa jornada, Maren conhece Lee (Chalamet), um jovem marginalizado, e os dois passam a viajar juntos.
O longa traz uma história de amor canibal – o nome Bones and All dispensa comentários – e fez sucesso na sua exibição em Veneza.
O terror romântico de Guadagnino não foi a primeira vez que o diretor trabalhou com Chalamet, que estrelou “Me Chame Pelo Seu Nome”, filme que rendeu uma indicação ao Oscar para o ator.
Master Gardener
Um dia, o diretor Paul Schrader acordou e pensou que ia morrer, mas se morresse, seu filme não seria terminado, então resolveu ir trabalhar.
O longa em questão é Master Gardener, suspense policial escrito e dirigido por Schrader que teve a sua estreia em Veneza. O filme conta a história de Narvel Roth (Joel Edgerton), jardineiro da propriedade Gracewood Gardens, que pertence a uma rica viúva, a Sra. Norma Haverhill (Sigourney Weaver).
Narvel é um horticultor que tenta enterrar os problemas de seu passado. Um dia, sua chefe recebe Maya (Quintessa Swindell), sua sobrinha-neta que perdeu a mãe e lida com um vício em drogas, e Roth é incumbido de assumi-la como sua aprendiz no jardim. E é aí que os segredos obscuros e o passado violento do jardineiro emergem.
Master Gardener marca o fim de uma trilogia de Schrader que foca suas narrativas em personagens solitários e problemáticos. O diretor é conhecido por seus trabalhos como roteirista de “Taxi Driver” (1976) e “O Touro Indomável” (1980), dirigidos por Martin Scorsese.
Narvel é mais um do tipo de personagem preferido de Schrader: “Não consigo evitar. Esse tipo de personagem continua aparecendo em meus filmes e envelhecendo comigo. Mas, ao mesmo tempo, ele evolui. No caso de Roth, ele é como um solitário sentado em uma sala, com uma máscara no rosto. Ou seja, trabalha com horticultura, mas sempre esperando que algo aconteça. E então, algo acontece.”
Faltando quatro dias para o fim das gravações do longa, Paul Schrader acordou com muita dificuldade para respirar e com problemas para enxergar, foi então que achou que estava morrendo, mas ao invés de chamar uma ambulância, resolveu levantar-se e ir trabalhar. “Se eu ligasse para o 911 [linha designada para chamadas de emergência nos Estados Unidos], eles não me deixariam sair do hospital e o meu filme não seria terminado”.
Que bom que ele se levantou, pois a estreia de Master Gardener foi um sucesso, e foi um dos títulos mais aplaudidos do festival.
TÁR
Um dos filmes mais esperados do festival de Veneza deste ano é TÁR.
A história se passa no mundo da música clássica e é centrada em uma compositora e regente mundialmente famosa chamada Lydia Tár (Cate Blanchett), ela é ainda a primeira maestrina chefe de uma grande orquestra alemã.
O longa é o primeiro filme do diretor Todd Field depois de “Little Children”, lançado em 2006, e está sendo imensamente aclamado pela crítica, com direito a muitos elogios para a performance da estrela principal.
“TÁR marca mais um pico na carreira de Blanchett – muitos provavelmente argumentarão que é sua maior atuação – e uma razão fervorosa para esperar que não sejam mais 16 anos antes de Field nos dar outra característica. É um trabalho de gênio” Diz o jornal The Hollywood Reporter.
O 79º Festival de Cinema de Veneza mais uma vez proporcionou ao seu público grandes estreias, deixando os amantes de cinema ao redor do mundo com fortes expectativas para os lançamentos oficiais dos filmes.
Blonde, The Whale, Bones and All, Master Gardener e TÁR são cinco dos filmes que mais agradaram o público no Festival e que você deve ficar de olho neste ano!
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O texto acima foi editado por Gabriela Antualpa.
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