Ciro Gomes (PDT): 12
Ciro Gomes, 64, cearense, é um advogado de formação e político brasileiro. Foi deputado estadual duas vezes, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda, ministro da Integração Nacional e deputado federal.
Ciro integrou diversos partidos, tanto da direita quanto da esquerda. Hoje atua no Partido Democrático Trabalhista (PDT). O lema de sua campanha é “a rebeldia da esperança”. Desde 1998, foram três tentativas fracassadas ao se candidatar à presidência da República. Nesse ano de 2022, Ciro se prepara para tentar uma quarta vez.
Entre suas principais propostas temos:
- Recriação do imposto sobre lucros e dividendos distribuídos (R$ 70 bilhões de receitas);
- Redução de subsídios e incentivos fiscais em 20%, com queda nas despesas de aproximadamente R$ 70 bilhões;
- Imposto Único (ISS, IP, ICMS, PIS e Cofins).
- Direitos para trabalhadores intermediados por aplicativos;
- Taxação de grandes fortunas (0,5% para fortunas acima de R$ 2O milhões);
- Conclusão da Reforma da Previdência;
- Mudança na política de preços da Petrobras e a ampliação da capacidade das suas refinarias;
- Adoção do programa Alfabetização na Idade Certa;
- Zoneamento econômico e ecológico do País, com enfoque na região Amazônica;
- Aprimoramento do modelo pedagógico adotado para crianças e adolescentes, com um aprendizado contextualizado à realidade em que vivem;
- Crédito Popular: refinanciar dívidas das famílias e das empresas;
- Retomada do programa Farmácia Popular;
- Programa de renda mínima, que englobe os pagamentos feitos pelo Auxílio Brasil, Seguro Desemprego e Aposentadoria Rural;
- Restauração de uma central permanente de regulação e parceria com a rede privada para reduzir filas na área da saúde;
- Universalização do acesso ao saneamento básico e água potável até 2030.
Jair Bolsonaro (PL): 22
Jair Messias Bolsonaro, 67, atual presidente da República, foi sete vezes deputado pelo Rio de Janeiro e vereador da capital fluminense.
Capitão reformado do Exército, entrou na política após tornar-se conhecido por atos de insubordinação no final dos anos 1980. Sem partido há mais de dois anos, após deixar o PSL (sigla pela qual venceu a disputa pelo Palácio do Planalto em 2018) e não conseguir emplacar sua própria legenda (Aliança pelo Brasil), filiou-se ao Partido Liberal (PL), com perspectiva de candidatar-se à reeleição em 2022.
Simpático ao período da ditadura militar (1964-1985), ganhou o apelido de “mito” por apoiadores e ficou reconhecido pela retórica conflituosa, Bolsonaro foi eleito presidente surfando uma onda antipetista, antissistema e de demonização da política tradicional.
Entre suas principais propostas temos:
- Avanço e consolidação das políticas de geração de emprego e renda;
- Consolidação do ajuste fiscal no médio e longo prazo;
- Esforços para garantir a estabilidade econômica e sustentabilidade da trajetória da dívida pública;
- Privatização de estatais, o que contribuiria para um “reordenamento” do papel das empresas na economia do país;
- Manutenção do Auxílio Brasil no valor de R$ 600;
- Fortalecimento do controle e da fiscalização das queimadas ilegais, do desmatamento e dos crimes ambientais;
- Defesa, proteção e promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia;
- Ampliar e fortalecer a política nacional de cultura;
- Política pública voltada para a formação em todas as faixas etárias, e contemplando inclusive a Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos, assim como o ensino técnico profissionalizante, ensino superior e pesquisa;
- Seguir recuperando e avançando na ampliação do acesso e permanência à educação em todos os seus níveis e modalidades;
- Incrementar ações que forneçam os fundamentos de importantes disciplinas como Matemática, Português, História, Geografia, Ciências de uma forma geral e outras, permitindo que os alunos possam exercer um pensamento crítico sem conotações ideológicas;
- Fortalecimento do programa Saúde Digital;
- Ampliar e fortalecer programas e políticas direcionados às mulheres, crianças e adolescentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência;
- Avançar e consolidar a melhoria no acesso aos serviços de saúde com qualidade;
- Continuidade de programas exitosos, como o Incentivo de Atividade Física para a Atenção Primária, Atenção Especializada à Saúde, a Atenção Domiciliar, a Ciência e Tecnologia, que inclui em seu programa iniciativas como a Farmácia Popular e a Vigilância em Saúde.
Lula (PT): 13
Luiz Inácio Lula da Silva, 76, ex-presidente da República duas vezes, é fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), maior legenda de esquerda do Brasil, e continua sendo o principal quadro do partido. Lula tem uma longa trajetória na política brasileira.
Metalúrgico, tornou-se o líder sindical que comandou as greves no ABC Paulista de 1978 a 1980; fundou um dos principais partidos do país e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Foi deputado, eterno candidato e, finalmente, presidente da República. Anos depois, foi investigado e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, desencadeada em 2014 inicialmente para investigar suspeitas de corrupção na Petrobras.
Hoje, após ser inocentado e com seus direitos políticos restituídos, Lula está de volta ao jogo.
Entre suas principais propostas temos:
- Reconstrução e fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS);
- Retomada dos investimentos voltados à infraestrutura e em habitação;
- Recolocar “os pobres e os trabalhadores no orçamento” do país e trabalhar no avanço do combate à fome e à desigualdade social;
- Reforma tributária solidária, justa e sustentável, em que quem têm mais, contribui mais e quem tem menos, contribui menos;
- Revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro. Além da construção de um novo regime fiscal;
- Prioridade em coordenar a política econômica para combater a inflação e enfrentar a carestia, com enfoque na dos alimentos, combustíveis e eletricidade;
- O programa é contra a atual política de preços da Petrobrás. A proposta é que a empresa tenha o seu próprio plano estratégico e de investimentos orientados para a segurança energética, a autossuficiência nacional em petróleo e derivados, a garantia do abastecimento de abastecimentos em território nacional.
- Retomada da política de valorização do salário mínimo, visando recuperar o poder de compra dos trabalhadores;
- Defesa dos direitos civis, garantias e liberdades individuais;
- Fortalecer a legislação, dando mais recursos ao Sistema de Justiça para atuação junto às plataformas digitais, visando a garantia de neutralidade na rede, a pluralidade, a proteção de dados, a coibição de propagação de mentiras e mensagens de ódio ou antidemocráticas;
- Diálogo respeitoso e constante entre os poderes da República e entre os da Federação;
- Restabelecer os instrumentos de combate a corrupção, respeitando o devido processo legal, de modo a impedir a violação dos direitos humanos e garantias fundamentais e a manipulação política;
- Implantação do Sistema Nacional de Cultura e adoção da política de descentralização de recursos para Estados e o maior número possível de municípios;
- Renovação e ampliação urgente do programa do Bolsa Família para garantir renda mínima compatível com as necessidades da população;
- Uma nova legislação trabalhista de extensa proteção social a todas as formas de ocupação, emprego e de relação de trabalho, com enfoque nos trabalhadores autônomos, trabalhadoras domésticas, teletrabalho e trabalhadores por home office.
Simone Tebet (MDB): 15
Simone Tebet, 52, matogrossense do sul , é advogada de formação e política brasileira. É senadora pelo Mato Grosso do Sul e antes já foi deputada estadual e duas vezes prefeita de Três Lagoas (MS).
Simone é candidata da “terceira via”, no âmbito das negociações realizadas pelo MDB, PSDB e Cidadania. Única mulher lançada como pré-candidata pelos principais partidos, Simone foi apontada como a opção mais viável eleitoralmente pelas três legendas.
Entre suas principais propostas temos:
- Acabar com o analfabetismo;
- Gerar o benefício de renda mínima para eliminar a pobreza extrema.
- Criar a “Poupança Mais Educação”, para incentivar os jovens de baixa renda a concluir o ensino médio;
- Instituir o programa permanente de transferência de renda, com foco e apoio maior a famílias mais vulneráveis;
- Expandir e fortalecer a Estratégia Saúde da Família;
- Aumentar gradualmente a participação da União no financiamento do SUS, com maior participação do governo federal, estados e municípios;
- Recuperar a liderança e o protagonismo do MEC na coordenação das políticas de educação, conduzindo o novo Plano Nacional de Educação a ser renovado em 2024;
- Regionalizar os serviços oferecidos pelo SUS de forma que eles sejam prestados por todo território nacional do jeito mais equânime possível;
- Retomar o Fundo Amazônia e fortalecer sua governança, como estratégia de financiamento de ações de fiscalização, proteção e preservação daquele bioma;
- Recriar o Ministério da Cultura, recuperando a atenção, importância e status que a área merece;
- Fortalecer leis de incentivo à cultura, como a lei Rouanet, a lei Aldir Blanc e a lei do Audiovisual.
- Reduzir a contribuição previdenciária para a faixa de um salário mínimo para todos os trabalhadores, como forma de estimular a formalização;
- Criar seguro de renda para os trabalhadores informais e formais de baixa renda em situações de queda súbita de rendimento, sob a forma de poupança;
- Instituir um plano de safra plurianual, com diretrizes de financiamento e crédito agrícola, seguro rural e estratégias de armazenagem de médio e longo prazos;
- Fortalecer a fiscalização, a proteção e a preservação de todos os nossos biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.
Essas foram algumas das propostas dos principais candidatos a presidência nas eleições de 2022.
Ainda dá tempo de decidir em quem votar, mas lembre-se que as votações começam já neste domingo, 2 de outubro.
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O artigo acima foi escrito por Julia Tuma e editado por Beatriz Testa. Para mais conteúdos como esse, continue acessando o Her Campus Cásper Líbero!