A tão esperada temporada final de Attack On Titan, baseado no mangá de Hajime Isayama, entrega muita emoção, ação e momentos de alívio para os fãs da obra, na medida certa. Nesta etapa, que se encaminha para o fim, a tropa de exploração precisa combater um velho amigo, Eren Yaeger, que agora procura pela liberdade do povo eldiano através do extermínio de 80% da população mundial, usando o poder ancestral dos titãs. Quer saber mais? Então continue acompanhando a resenha e tome cuidado com os spoilers ao longo do texto!
Detalhes de se aplaudir em pé
A animação, agora assinada pelos estúdios Mappa, trouxe algumas características únicas, especialmente nas cenas de batalha, em que a movimentação é feita de forma mais suave comparada a temporadas anteriores. Particularmente, acredito que são esses os detalhes que deixam o combate ainda mais intenso e atrativo. Para além disso, os animadores apostaram em um visual ainda mais apelativos para os personagens, o que deu ainda mais charme para os queridinhos do fandom, como o elegante capitão Levi Ackerman, Armin Arlet, agora comandante de 15ª divisão da tropa de exploração e o atual antagonista, Eren Yeager.
O outro lado do oceano
Por falar em personagens queridinhos, não se pode esquecer da popularidade dos “vilões” dos últimos volumes, os portadores do Titã Encouraçado/Blindado, da Titã Fêmea, e do antigo portador do temido Titã Colossal. No início da temporada final, o público descobre a triste e revoltante realidade de Reiner, Anne e Berthold, que assim como milhares de eldianos confinados nas dependências de Marley, sofrem com o preconceito e a repressão, sendo chamados de demônios de Eldia – um reflexo das ações milenares de Ymir Fritz para proteger seu povo.
É neste momento também que os fãs são apresentados a crianças, súditas de Ymir, que são treinadas como potenciais portadoras dos titãs em posse de Marley. É possível perceber através delas as ideologias impostas pelo Estado, que nutrem o ódio destes contra as próprias raízes e o desejo de se distanciar delas, tornando-se “marleyanos honorários” – título atribuído àqueles escolhidos para portar os titãs e, por sua vez, proteger o povo contra os eldianos.
Uma guerra de “vilões”
Ao longo das temporadas, o conceito de “vilão” vem se perdendo, e na quarta temporada, ele é quase inexistente. No meu ponto de vista, todos são seres humanos que lutam desesperadamente pelo direito de existir, sejam quais forem os meios que utilizam para alcançar seus objetivos. É claro, é impossível dizer que Reiner, Anne e Berthold estavam certos quando destruíram a Muralha Maria e iniciaram uma carnificina em Eldia nos primeiros volumes, muito menos que Eren tem o direito de querer libertar os eldianos através de um cruel genocído. Entretanto, é certo que todos aqui citados viram e passaram por muitos episódios traumáticos ao longo dos anos em que se passa o enredo, sendo inviável desejar um final trágico a estas figuras, mesmo que este seja o único destino plausível ao anime.
O final sem fim
A justificativa do estúdio Mappa para a escolha da divisão desta temporada foi a sobrecarga dos responsáveis pela animação da obra. Inicialmente, Attack On Titan teria duas partes, porém escolheram pela melhor solução para aliviar a demanda de seus funcionários. Acredito que a popularidade da trama entre a comunidade de consumidores de animes faz com que a escolha da empresa não seja tão arriscada, e que talvez a jogada foi pensada com base neste fato.
Adorei acompanhar a trajetória de personagens tão complexos, mas, não posso dizer que gostei da forma como a última temporada do anime foi dividida. Gostaria de ter visto o final da temporada mais rapidamente – sem que haja tempo de esquecer tantos fatos do enredo. O que resta aos fãs no momento é esperar que o último episódio da série seja lançado ainda este ano, na temporada japonesa de outono, o que é previsto pelos produtores.
O artigo acima foi editado por Marcela Abreu.
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