Quando uma mulher engravida, imaginamos um mundo repleto de felicidades e cenas perfeitas. Isso acontece, mas não é a pura realidade que cerca a maternidade.
Maternidade Romântica?
É comum associarmos a ideia de “se tornar mãe” apenas a sentimentos positivos. O fato é que isso está longe de ser a vida de uma mãe recém-nascida.
Muitas pessoas ainda romantizam a maternidade, pois o lado que costumamos enxergar ainda é distante dos sentimentos e centenas de mudanças hormonais que cercam uma mãe. A sequência de tantas mudanças pode desencadear sensações de fragilidade, ansiedade, irritabilidade e até choros repentinos que quem sente, não consegue explicá-los.
O peso e a pressão de ter a vida de um bebê dependendo de você só pode ser entendido por quem passa por essa situação. Ter de aprender a lidar com ele, muitas vezes sem saber como agir, sobrecarrega a saúde física e mental da mãe. Tudo isso contribui para o surgimento de duas condições muito comuns e pouco discutidas ainda: Baby Blues e Depressão Pós-parto.
Baby Blues X Depressão pós-parto
A Baby Blues é um termo em inglês relacionado à tristeza e melancolia que a mãe sente após o bebê nascer, podendo ser percebida logo no dia seguinte ao nascimento causada pelas inúmeras alterações hormonais resultantes do parto. Também é conhecida como tristeza puerperal (derivada do puerpério: fase do pós-parto em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas) e pode durar de 10 a 15 dias.
Em termos técnicos, a diferença da Baby Blues para a Depressão pós-parto (DDP) é o tempo de duração, tendo em vista que a DDP é caracterizada por sintomas mais intensos e persistentes, permitindo raros momentos de felicidade na vida da mulher. Sendo menos frequente, a também chamada “depressão perinatal”, pode ser influenciada por um histórico familiar, mas principalmente causada por uma gravidez indesejada, estresse, ausência do companheiro(a) e diversos problemas pessoais.
A relação com o bebê pode também ser prejudicada nesse cenário, porque a vontade de se afastar das pessoas ao seu redor é comum no quadro de DDP.
Vale ressaltar uma lista de sintomas para as mamães e pessoas a sua volta ficarem atentas:
Sintomas do Baby Blues
- Preocupação em excesso com o bebê;
- Vontade constante de chorar;
- Baixa autoestima;
- Sensibilidade emocional exacerbada;
- Bruscas mudanças de humor;
- Dificuldade de concentração;
- Ansiedade;
- Alterações do sono;
- Irritabilidade;
- Indisposição;
- Insegurança e;
- Impaciência.
Sintomas da Depressão pós-parto
- Dificuldade de se envolver emocionalmente com o bebê;
- Falta de higiene consigo e com o bebê;
- Pensamentos relacionados a prejudicar a si mesma ou ao bebê;
- Fadiga intensa;
- Insônia ou excesso de sono;
- Sentimento de culpa e vergonha;
- Ansiedade extrema e;
- Alterações no apetite;
Vamos ser sinceras…
Tendo tudo isso em vista, a divulgação e conscientização sobre esse assunto se faz muito necessária. A maternidade não é um mundo de flores e não é um problema passar por isso e precisar de ajuda.
Uma rede de apoio e amor é fundamental para que a mãe se sinta acolhida e consiga de aproximar de sua nova vida de maneira mais leve e segura. É importante esclarecer que existe tratamento para essas condições. Além do apoio emocional, existem rodas de conversa entre mães que se apoiam contando suas histórias e sentimento.
Se o quadro for agravado a cura pode estar entre sessões de psicoterapia e medicações, mas o primordial é não deixar a mulher se sentir sozinha em um momento tão vulnerável e sensível de sua vida.
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Esse artigo foi editado por Beatriz Oliveira Testa. Gostou desse tipo de conteúdo?
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