Com crescimento na mídia e nomeação “oficial” no fim de 2021, o “Blokecore” foi idealizado pelo tiktoker americano Brandon Huntley, quando ele postou um vídeo na plataforma dizendo que o Blokecore seria a grande tendência de 2022.
Em outro vídeo citando o estilo, este já em abril de 2022, ele aparece usando uma camisa do ex-jogador britânico David Beckham, calças mais largas e tênis tipo “street”.
O conceito foi, então, popularizado pelos EUA e pelo mundo afora. Depois do sucesso dos dois primeiros vídeos sobre o assunto, Brandon virou matéria na GQ Austrália, que destacava o conceito dominante da nova tendência.
“Bloke” é uma gíria britânica comumente utilizada como “mano” ou “cara” em português; portanto, como a tendência é inspirada na cultura hooligan, originada no Reino Unido, e, a princípio, as camisas seriam dos anos 80 e 90 de times ingleses, o termo “Blokecore” faz muito sentido.
Majoritariamente, são camisas de futebol, mas, principalmente nos EUA, “jerseys” de outros esportes têm sido utilizadas, como as de futebol americano.
A moda se estendeu para os próprios atletas, que passaram a usá-las no ambiente de trabalho, principalmente nos túneis que dão acesso ao vestiário antes do jogo.
A maioria desses atletas já é conhecida por seu estilo mais autêntico e não esconde seu interesse pela moda, sempre dando o que falar com seus outfits.
Não necessariamente, as camisas usadas por eles são de fato do clube ou país que representam, mas alguns fazem bom proveito dessas.
Um dos grandes questionamentos do público brasileiro sobre o tópico é se, de fato, essa tendência é inovadora ou apenas uma “popularização” de algo que já existe há tempos aqui.
A grande diferenciação seriam os “complementos” usados com as camisas; enquanto vemos mais bermudas e chinelos, no Blokecore são comuns calças mais largas, saias ou até bermudas jeans e tênis não esportivos, como várias linhas recentes da Adidas.
Outra grande inovação é a aparição de muitas mulheres que adquiriram o estilo. Estamos acostumados a ver muitos homens utilizando artigos esportivos, já as mulheres com uma menor frequência, mas, desde a consolidação do Blokecore, muitas delas têm se destacado e, inclusive, virando a “cara” da nova moda.
Por fim, esta nova tendência estimula muitas pessoas que não têm contato com esportes a conhecê-los, mesmo que seja apenas pela sua estética. Forma-se uma conexão entre diferentes aspectos que atraem grande parte da sociedade, criando um elo que abre portas a diversas parcerias entre marcas e pessoas que apreciam ambos – inclusive os próprios atletas.
E, cada vez mais, vemos a quebra da ideia – que muitos acreditam – de que a moda e o esporte devem ser ligados a grupos específicos (e distintos) da sociedade.
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O artigo acima foi editado por Camila Iannicelli
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