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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Considerado a revelação do trap nacional, Veigh tomou conta dos streamings. Por ostentar tanto sucesso na cena, seu cachê de show beira os R$ 70 mil reais. Nascido na zona oeste paulistana, hoje com 21 anos, se mostra o porquê de ser tão diferenciado.

Em um era de mainstream, onde o rap se tornou algo “moldado” e sem originalidade, Veigh rompe com esta linha com seu álbum de lançamento, Dos Prédios. O disco conta com 16 faixas, que incluem participações de figuras consolidadas do trap nacional, como Yunk Vino, Borges e Kyan. Embora tenha surgido com parcerias e letras para nomes do rap já antes estabelecidos, como a Recayd Mob, Veigh surgiu com uma nova proposta. O destaque do novo álbum foi tanto, que Veigh chegou até mesmo a ganhar uma homenagem na Times Square, em Nove Iorque, nos Estados Unidos.

O início de tudo

O trap ainda é um movimento muito recente no Brasil. A cena começou a se consolidar praticamente em 2017 para 2018, com a ascensão da Recayd Mob, com o hit “Plaqtudum” e de nomes como Raffa Moreira, com “Bro”. Na época, Matuê também estava começando a dar seus primeiros passos na música, com o lançamento de “Anos Luz”.

O sucesso foi tremendo. Conforme os anos foram passando, mais nomes surgiram e embarcaram no gênero. Mas foi em 2022 que pessoas mais jovens começaram a ocupar uma cena que, por muito tempo, era até mesmo questionada se poderia ser considerado “rap de verdade”.

Thiago Veigh surge em 2020. Em entrevista ao podcast Podpah, Veigh contou que optou por utilizar seu nome de verdade – não um artístico como rappers costumam escolher – por usá-lo em um canal no YouTube que mantinha e perceber que estava vingando.

Mas se engana quem pensa que a infância do artista foi algo fácil. Quando mais jovem, perdeu seu padrasto de uma forma extremamente trágica – alvejado por tiros e de mãos dadas com sua mãe. Nesse momento, a vida de Veigh começou a ficar complicada. Saiu de Itapevi para a Baixada Santista, por uma questão de segurança, e acabou indo para Osasco.

Muito tímido, fazia seus freestyles, mas nada profissionalizado. Tinha um sonho em mente: ser famoso e dar uma condição melhor de vida para sua vida. O primeiro trabalho de Veigh foi como garçom, em um restaurante. 

Em entrevista ao Podpah, o trapper descreveu que ‘”empre fazia de tudo um pouco”. Gostava de jogar bola, andar de skate, dançar, mas que, no fim, “sempre acabava em música”. Morava em conjuntos habitacionais e sempre contou que os próprios amigos do prédio diziam que “tinha uma voz maneirinha”.

Na época, o sucesso era os mais novos no funk, como MC Pedrinho. Pensando nisso, juntou com um amigo mais velho da escola e brincou de fazer uma música. Em uma linhagem mais “love song”, em 2017, combinou de fazer músicas românticas para mirar nas meninas, que “achariam fofo” e evitaria que os dois virassem motivo de chacota com outros colegas.

A dupla se autodenominou de Constelação, e com uma produção quase caseira, iniciou os primeiros passos de Veigh no cenário musical. Mas o primeiro solo do cantor saiu só em 2019, chamado “Indispensável”.

O que virou de fato a chave na carreira do artista foi “Bandana”, lançada em janeiro de 2020, e “Foto do Corte”, em 2021 – que juntou cerca de 7 milhões de visualizações e abriu as maiores portas da sua carreira até o momento.

Em 2022, após fazer alguns beats em conjuntos com nomes maiores, brilhou com um show lendário no festival CENA, em São Paulo – um dos maiores de rap do país. 

Inclusive, o CENA era um dos maiores sonhos de Veigh. Lá, cantou no palco principal e juntou uma multidão de fãs gritando seu nome e outros conhecendo, de fato, quem ele era. E em dezembro de 2022, lançou seu primeiro álbum, chamado de Dos Prédios.

Dos prédios

O nome traz a origem dos primeiros passos de Veigh no cenário musical. Dos prédios alude diretamente aos tempos que morava em Cohab, que como dito anteriormente, foi onde começou com suas primeiras rimas. 

O álbum é todo bem pensado. Seja nos feats, nas letras ou nos beats utilizados. O sucesso foi tanto que hoje sua agenda se encontra lotada e frequentemente é headliner de grandes festas. Inclusive, conta com uma parceria com a norte-americana Kaash Paige, que tem uma música em conjunto com Travis Scott.

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Este artigo foi editado por Gabriela Antualpa

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Izabella Giannola

Casper Libero '23

Izabella is a student of journalism at Cásper Libero. She is passionate about sports, fashion, literature and life. She dreams of representing the power of women in journalism by doing what she loves most.