Símbolo de Minas Gerais, com grande legado e passagem de ídolos, o Cruzeiro segue escrevendo sua história de forma surpreendente, com momentos que vão do céu ao inferno – nos últimos dois anos, é possível dizer que o inverso aconteceu.
Entre 2013 e 2018, o Cruzeiro viveu anos de sucesso e de grandes títulos, mas sem conquistas internacionais. Em 2019, o time se encontrava em uma grave crise administrativa, que acabou influenciando em um mau desempenho no Brasileirão e, posteriormente, um rebaixamento inédito à Série B.
Os anos seguintes foram turbulentos com o surgimento de problemas financeiros, judiciais e troca da gestão presidencial, o que levou o time ao momento mais desafiador de sua história.
Em 2020, o clube se encontrava na 11ª posição, com 49 pontos. Nessa altura, quatro técnicos já haviam passado pela equipe na temporada e, devido ao momento de crise, a Raposa teve de lutar contra o rebaixamento à Série C, conseguindo se salvar faltando apenas duas rodadas.
Em 2021, enfrentou mais um ano difícil, ficando fora da final do Mineiro, eliminado na primeira fase da Copa do Brasil e longe do topo na Série B, onde, sob Vanderlei Luxemburgo, evitou o rebaixamento à Série C com quatro rodadas de antecedência.
No meio de tudo isso, o consolo foi a notícia de aprovação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno. A partir daí, o Cruzeiro começava a reescrever o rumo de sua história.
RECONSTRUÇÃO NA ERA SAF
Em 2022, o Cruzeiro venceu a Série B com glória e garantiu o acesso à elite, mas 2023 foi mais turbulento. Após o pedido de saída do técnico Paulo Pezzolano, eliminado na semifinal do Mineiro, o clube não teve desempenho de destaque com outros treinadores e terminou o ano com uma comissão interina.
Apesar de flertar com o rebaixamento, afastou-se do Z4 e conquistou vaga na Sul-Americana na última rodada da Série A, que era um dos propósitos da nova gestão.
Ao atingir o teto de investimento e demonstrar insatisfação com críticas da torcida, no fim de abril, Ronaldo decidiu vender a SAF ao empresário, Pedro Lourenço. Ao assumir o clube, Lourenço vem com uma gestão ambiciosa, contratando um novo CEO e reformulando a diretoria. O investimento de mais de R$200 milhões permitiu que sete reforços fossem anunciados para compor o elenco, marcando o início de uma nova fase. Apesar das expectativas, o time enfrentou dificuldades dentro de campo ao longo de 2024.
Nicolás Larcamón foi o técnico do início da temporada, que acabou sendo demitido na gestão de Ronaldo após perder a final do Campeonato Mineiro e ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil. Na sequência veio Fernando Seabra. Promovido do sub-20, teve bons momentos até ser substituído em setembro por Fernando Diniz. O atual técnico passou por momentos conturbados em sua estreia, com quatro empates e duas derrotas, mas, mesmo sob pressão, o técnico e o time seguiram fortes.
DIAS DE GLÓRIA: EM BUSCA DA CONQUISTA DO CONTINENTE
O Cruzeiro conseguiu ultrapassar as pedras que apareceram no caminho na fase de grupos da Sul-Americana, avançando ao mata-mata e vencendo grandes adversários. Com a eliminação do Lanús fora de casa, Diniz e equipe deram início a um momento marcante de sua jornada, pois a vitória garantiu o retorno da equipe a decisões internacionais, que não aconteciam desde 2009. O último título conquistado pela Raposa foi a Recopa Sul-Americana, em 1998, contra o River Plate.
Os feitos até aqui renovam a esperança do torcedor cruzeirense rumo a um título inédito para fechar o ano com chave de ouro.
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O artigo acima foi editado por Camila Iannicelli
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