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Culture

De Jackie e Sandra à Duda e Ana Patrícia: Os ouros femininos do Brasil

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

As mulheres lideraram o ranking de medalhas do Brasil pela primeira vez nas Olimpíadas de Paris 2024. Das 20 conquistas do país, 12 foram femininas, incluindo as três medalhas de ouro. Mas, para alcançar esse protagonismo, as brasileiras tiveram de trilhar um longo caminho e esperar por mais de 100 anos para chegarem ao seu primeiro prêmio.

Os jogos olímpicos acontecem desde 1896, mas a presença feminina nem sempre teve espaço. Quando as olimpíadas modernas começaram a ser disputadas, a presença feminina não era permitida e foi só em 1900 que elas puderam participar. Ao longo dos anos, as mulheres conquistaram mais oportunidades nas competições e finalmente alcançaram a paridade de gênero nos jogos de 2024, com 50% das vagas reservadas para atletas femininas.

Para as atletas brasileiras, essa foi uma jornada ainda mais longa. Enquanto a primeira mulher a alcançar um lugar no pódio foi a tenista Charlotte Reinagle Cooper, do Reino Unido, ainda em 1900, o Brasil só ganhou sua primeira medalha feminina em Atlanta 1996. Foram 100 anos desde o início das Olimpíadas Modernas e quase 80 após o primeiro triunfo brasileiro em 1920, com Guilherme Paraense, do tiro esportivo. 

E, em seu primeiro pódio, as mulheres brasileiras já subiram ao andar mais alto. Com Jackie Silva e Sandra Pires, do vôlei de praia, o Brasil ganhou o primeiro ouro feminino em 1996, nos Estados Unidos.

Ainda nessa edição dos jogos olímpicos, as meninas do Brasil conquistaram outras três medalhas: uma prata, também no vôlei de praia, com Adriana Samuel e Mônica Rodrigues, outra prata no basquete e um bronze no vôlei de quadra. Apesar de conquistarem essas outras medalhas, as brasileiras passaram pelas edições de Sydney 2000 e Atenas 2004 sem qualquer ouro. Ele só veio 12 anos mais tarde, nas Olimpíadas de Pequim 2008, com o vôlei de quadra e com Maurren Maggi, no salto com vara.

Desde 2008, as mulheres têm trazido para o Brasil pelo menos duas medalhas douradas por edição. Em Londres 2012, além do vôlei de quadra reservar outra medalha, a judoca Sarah Menezes também conquistou o título. Já na Rio 2016, foi a vez da Rafaela Silva ganhar no judô, enquanto Martine Grael e Kahena Kunze foram campeãs na vela.

Em Tóquio 2020, Rebeca Andrade, no salto da ginástica artística, Martine Grael e Kahena Kunze, na vela, e Ana Marcela Cunha, na maratona aquática, garantiram outras três medalhas douradas. Agora, em Paris 2024, pela primeira vez, o Brasil foi campeão olímpico apenas quando representado pelas mulheres.

Mais da metade das medalhas conquistadas este ano tiveram participação direta de atletas femininas, um feito inédito para o esporte nacional. Essas vitórias fizeram com que o país ostentasse sua segunda melhor marca nos jogos, perdendo somente para Tóquio, onde obteve 21 conquistas. Além disso, esse foi o melhor desempenho de brasileiras em Olimpíadas na história. 

Ao longo da edição, as atletas alcançaram o andar mais alto do pódio três vezes: com Beatriz Souza no judô, Rebeca Andrade no solo da ginástica artística – que, com seis medalhas olímpicas, é hoje a maior atleta olímpica do Brasil – e com a dupla Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia.

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O artigo acima foi editado por Júlia Salvi.

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Marcele Dias

Casper Libero '26

Oiee! Meu nome é Marcele e curso Jornalismo. Sou apaixonada por esportes e shows, mas sonho me tornar jornalista política.