Nome completo: Stephanie Sampaio Shih
Data de nascimento: 24.03.1997
Onde nasceu: São Paulo – SP
Curso: Jornalismo
Ano de formação: 2018
Conta mais sobre o seu apelido: ❤ Eu tenho dois apelidos “principais”, Phanie e Poca (todo mundo acha que Phanie é meu nome hehe). Além deles, eu tenho mais um monte de apelidos derivados desses dois, haha. Quando eu nasci, queriam me apelidar de Steph – que, seguindo a origem francesa do meu nome, seria o comum –, mas aí ninguém da minha família taiwanesa conseguiria pronunciar porque em mandarim não tem nenhum som parecido com as sílabas de Steph. Aí ficou Phanie mesmo porque tem um “fâ” e um “ní” em mandarim. Mas lá eles também me apelidam do jeito deles – no fim não adiantou nada hahaha. Já o Poca, eu recebi assim que eu entrei no rugby – assim que alguém entra, logo começam um brainstorm pra achar um apelido diferente pra pessoa hahaha.
Como minha mãe é negra e meu pai é taiwanês, eu pareço meio índia – até porque eu também tenho descendência indígena. Além disso, eu uso muito brinco de pena e tenho uma ligação com a cultura indígena. Um dia eu estava conversando com uma das minhas amigas do time e ela olhou pra mim e falou “meu, você tá igual a Pocahontas”, e disso surgiu meu apelido: “Poca”.
A avó de Phanie e ela, em Taiwan
Acredita em horóscopo? Essa é uma pergunta bemmm complicada, porque eu não acredito em HORÓSCOPO em si, eu acredito na Astrologia – eu estudo Astrologia, então, né hahaha. Horóscopo é uma ferramenta que acharam para banalizar a Astrologia e torna-la mais um produto de consumo. A Astrologia é muito mais que o signo solar e uma “previsão” – que, quando se estuda a Astrologia, sabemos que é praticamente impossível fazer somente com esse dado – do dia.
Por que Jornalismo? Até hoje eu me pergunto isso hahah mas eu tomei essa decisão bem cedo, acho que com uns 13 anos. Talvez eu tenha decidido isso depois de uma aula de português para a qual tive que fazer um editorial e ele saiu perfeito, ou talvez seja somente porque eu amo fotografia, amo escrever e ler.
Por que Cásper? Eu estudava num colégio muito puxado e daqueles que todo mundo sai de lá, já dentro das melhores faculdades de Direito, Engenharia ou Medicina. Como eu já sabia que eu queria Jornalismo, aproveitei a qualidade do colégio pra pesquisar nas feiras de profissões as faculdades. Depois dos três anos de Ensino Médio (e descartando uma opção por ano), a que restou, por eliminação (e um pouco de influência de alguns amigos que já estudavam lá hahaha) foi a Cásper.
Fale um pouco sobre a experiência no Rugby: Esse esporte é uma paixão pra mim. Eu sempre fui a aluna que fugia da aula de educação física (menos as que tinha handebol). Quando eu cheguei na Cásper, minha vontade era experimentar absolutamente tudo. Mas como acontece com quase todo mundo, nunca dá certo. Quando eu experimentei o rugby foi paixão à primeira vista (antes até, quando eu vi alguns vídeos de jogos, já estava apaixonada) porque ele é um esporte completamente inclusivo, sério. Sempre vai ter espaço pra alguém nele.
Phanie – Juca (Jogos Universitários de Comunicação e Artes)
Você gosta dos JUCAs? Sim! O meu primeiro JUCA foi incrível, foi quando me aproximei do meu time – mesmo que não jogamos porque ainda não havia Rugby Feminino na competição –, quando falamos com meninas de outras faculdades para fazerem times femininos (que foram formados uhul) para em 2016 competirmos. No ano seguinte, apesar de ter sido muito menos animado, o JUCA foi importante pra mim pelo fato de termos jogado como modalidade demonstrativa (e ganhado). Basicamente, o JUCA pra mim é jogos – seja eu jogando ou torcendo –, é quando dormir (ou aproveitar as festas até o final) se torna o menos importante.
Conte sobre você e o jornalismo. O que pensa em seguir? Área acadêmica ou não? (…) Não penso em seguir a área acadêmica – eu gosto muito de estudar, mas gosto muito mais de viver experiências “diferentes”, viajar pra lugares exóticos, etc. Inclusive, no jornalismo, meu sonho sempre foi Jornalismo Cultural (algo bem parecido com o trabalho da National Geographic) – falar de povos, de costumes, de pessoas e lugares.
Você já viajou para Taiwan? Minha última viagem pra Taiwan foi a 5ª, na verdade, hahah, no começo desse ano.Meu pai nasceu lá e veio pra cá com uns 13 anos de idade. Quando eu tinha uns 14-15 anos, acho, fui para lá a primeira vez e, desde então, tenho cidadania de lá. Nessa viagem, especificamente, eu me liguei ainda mais ao meu lado espiritual. Desde a metade de 2016 eu venho me envolvendo com tudo que disser respeito a espiritualidade, religiosidade ou autoconhecimento por meio de ferramentas espirituais. Então essa viagem serviu como mais uma ferramenta de me ligar ao mundo espiritual – o país inteiro é espiritual e religioso –, visitando os templos, meditando, entrando em contato com a natureza e com a minha religião.
A minha família paterna inteira (com exceção do meu avô e do meu tio) vive lá e falam apenas mandarim. Eu não consigo me comunicar com eles sem ser por intermédio do meu pai porque desaprendi o mandarim quando tinha uns 5 anos (até então eu falava mandarim fluentemente).
Quando era mais nova, queria se tornar jornalista? Não, quando eu era mais nova (antes dos 13) eu pensei, por um ano, em arquitetura, mas antes disso, na veterinária – até hoje penso nisso, mas agora quero mesmo (e penso bem sério a respeito) é fazer Biologia depois do Jornalismo
Phanie quando criança
Comida favorita: Qualquer tipo de massa (desde que vegetariana)!
Um hobbie: fotografar
Uma leitura que marcou a sua vida: Dom Casmurro – Machado de Assis
Acredita em algo fortemente? Acredito em muitas coisas fortemente, eu diria que sou uma pessoa de fé (risos) – acredito na Astrologia, no budismo, na espiritualidade em geral, e, apesar de altos e baixos, acredito demais no amor – no sentido espiritual, não no sentido romântico, hahahah, o amor que as religiões pregam.
Contar sobre a experiência na Comissão de formatura 2018: Ai, eu tô cada vez mais apaixonada por isso, pelas pessoas da comissão, pelo trabalho que estamos tão empenhados em fazer. Desde o meu primeiro ano, minha amiga da comissão de 2015 falava que era uma experiência surreal (apesar de trabalhosa) e sempre me incentivou a participar. Confesso que pensei três vezes antes de me inscrever, mas, eu acredito muito que tudo tem sua hora, e a comissão apareceu no momento que eu mais precisava.
O que mais gosta na Cásper; Eu gosto muito do sentimento casperiano que eu vi assim que entrei na Cásper. Hoje em dia, confesso que ando meio desanimada, porque não vejo mais tanto isso (pelo menos não nas pessoas que vão entrando ao longo dos anos), mas quando começa a época de JUCA, o “casperianismo” revive e fica tudo bem hahahah
Um fato engraçado que viveu: Eu já passei por MUITAS situações engraçadas/constrangedoras, mas vou pela mais inusitada talvez. Numa das minhas viagens pra Ásia, passamos uma semana em Singapura. Lá é um país muito quente e eu sempre andava com roupinha de verão. Sempre que eu saía as pessoas me encaravam demais e eu pensava que, pelo falo de ter muitos mulçumanos, indianos e outros povos que consideravam minhas roupas um ultraje nas ruas, era por isso que me encaravam. Acho que nos penúltimo dia de viagem, eu estava no restaurante do hotel tomando café da manhã quando um dos funcionários me parou e perguntou de onde eu era. Falei que era brasileira e então ele começou a falar em português! Claramente chocada, não entendi nada e ele disse que tinha aprendido ao longo dos anos com os turistas (fiquei ainda mais confusa, porque como isso é possível?). Aí vem a parte mais bizarra: ele falou que no primeiro dia achou que eu fosse uma “superstar de Singapura” – a mais famosa de lá, aparentemente – e que todos funcionários do restaurante também pensaram isso até eu começar a falar outra língua. Talvez algumas pessoas que me encaravam na rua também tivesse isso em mente. E até hoje não achei a ~superstar~.
Prefere qual cidade onde já morou? Por quê? Goiânia, porque é uma cidade grande com jeitinho de interior – a hospitalidade, as amizades entre vizinhos hahah, tudo é perto, todo mundo se conhece e se ajuda.
Um defeito e uma qualidade: Sou muito estressadinha, ahahah; Eu sempre quero ajudar os outros (às vezes isso não me ajuda nem um pouco, mas vida que segue)!