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Desastre Na Grande Recife: Quais As Atualizações Da Tragédia Até O Momento?

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

A cidade de Recife, em Pernambuco, está há mais de duas semanas sob fortes chuvas, provocando desastres como alagamentos, inundações, desabamentos de casas, deslizamentos de terra, mortes e desaparecimentos. As chuvas começaram no dia 24 de maio (terça-feira), mas foi apenas no fim de semana que se intensificaram. O volume de chuvas superou o dobro da média do mês. 

Segundo geólogos e especialistas, tragédias como essas se devem à existência de bairros com moradias precárias, muitas vezes construídos ilegalmente no Brasil, à topografia e também às intensas chuvas.

As famílias de comunidades atingidas pelas chuvas em Recife começaram, no dia 6 de junho, a serem cadastradas para receber auxílio de R$1.500,00 do governo do estado e R$1.000,00 da prefeitura. Agentes de saúde visitam as casas para preencher o formulário com todas as informações da família e anotam os estragos que a chuva provocou. 

Segundo a prefeitura, o cadastramento está sendo feito ao mesmo tempo em todas as comunidades afetadas. Além disso, as famílias que estão ou que já passaram pelos abrigos já foram cadastradas e vão ter prioridade no pagamento.

Durante todo esse período de chuvas, mais de 100 mil pessoas precisaram abandonar suas casas devido ao temporal. Conforme a Coordenadoria de Defesa Civil do Estado de Pernambuco (CODECIPE), afirma, houve, pelo menos, cinco deslizamentos de barreira. Esses ocorreram no Recife, dois em Quipapá, Tamandaré e em Jaqueira.

Para piorar, na terça-feira (7) as chuvas se intensificaram novamente e a 129ª morte foi registrada. Dessa vez, um adolescente morreu em um deslizamento de barreira na Zona Norte do Recife. 

A tragédia ocorreu no Córrego do Tiro. Além da morte do adolescente de 13 anos, mais três pessoas foram resgatadas pelo corpo de bombeiros, duas mulheres e um homem.

O capitão do corpo de bombeiros relata que o cenário no Córrego do Tiro era de três vítimas presas. Uma senhora que estava presa da cintura para baixo, mas conseguiram retirar. O adolescente, que demorou um pouco mais para ser retirado, pois, havia muitos materiais sobre o menino e, por último, a terceira pessoa que era um senhor que estava com uma fratura na perna, por isso deu um pouco mais de trabalho.

Os moradores da comunidade alegam que foi tudo muito rápido e, de repente, ouviram o barulho das casas desmoronando durante a madrugada. Fazem também um apelo à prefeitura: “infelizmente, é preciso que aconteçam situações assim para darem atenção para nós”.

Em entrevista para o G1, o avô de Lucas Daniel, adolescente de 13 anos, morto na tragédia desta terça-feira, constata:

Hoje eu posso desabafar. Há muito tempo eu venho pedindo a Deus uma oportunidade para falar para o mundo que não há necessidade de alguém morar pendurado em barreira

Além disso, ele também reforça: “eu queria o prefeito aqui e agora. Venha para cá, prefeito. Para a gente bater um papinho e para o senhor dizer a mim o porque que a gente mora na barreira. Não é possível um negócio desse, todo ano morre gente!”.

A realidade dos moradores próximos às barreiras é preocupante. Os relatos são de tristeza, luta e abandono. A sensação dos frequentadores dessas regiões é de impotência. No mais, os moradores alegam que vão continuar indo atrás dos órgãos públicos para tentar achar uma solução e vão seguir exigindo respostas das autoridades.

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O artigo acima foi editado por Beatriz Testa.

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Lorena Ortega

Casper Libero '25

My name is Lorena Ortega and I am from São José dos Campos/SP. 2022 is my first year studying journalism and I am very excited to be part of HC and to improve my writing skills. I hope you guys enjoy my works!