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The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Com as desigualdades e falta de ajuda à espreita, o povo achou uma maneira de se ajudar, por meio das doações. Ato de solidariedade que ajuda pessoas, famílias e causas, seja por meio de projetos pessoais ou com a colaboração de ONGs.

Conforme a gente for fazendo esses passinhos de formiguinha, as pessoas que não tem vão começar a ter acesso a esses recursos.

Luísa Maio, psicóloga e voluntária

Por que doar?

A psicóloga e dona da página do Instagram Voluntariando Por Aí, Luísa Maio, relata o porquê de doar: “É muito importante para ser um pedaço da transformação social. Você contribui para que as necessidades básicas cheguem até as pessoas, que para a gente são coisas óbvias, mas infelizmente nem todo mundo tem.”

Existem âmbitos da sociedade que necessitam de ajuda, seja na saúde, educação ou pobreza. No entanto, é grande o número de causas que precisam de auxílio e algumas pessoas se encontram sem saber como começar um voluntariado, resultando em uma postergação.

Como se engajar em uma causa e incentivar novos voluntários?

O passo inicial para se envolver em um projeto é a organização. Para não se sentir perdido e sem saber o que fazer, ela passa algumas perguntas para se fazer antes de participar da ação: “O que eu gosto? O que eu quero? Quando eu quero? Que projeto eu vou ajudar?”. A rotina geralmente é um limitador para a tomada de decisão, então pensar naquilo que não pode ser alterado, como trabalho ou faculdade, é primordial.

Além desses passos, também é necessário diferenciar o público-alvo e a causa. A causa, por exemplo, seria a educação e o público-alvo seria qual recorte vai receber sua atenção, então no caso da educação é se serão crianças ou adultos em processo de reeducação.

“Eu pensei na palavra identificação, porque estamos falando de pessoas. Então elas se comovem com o que se identificam”, comenta a voluntária ao lembrar que esse é o meio mais eficaz para ganhar a atenção necessária em algum problema da sociedade e juntar novos integrantes para suas organizações.

Portanto, o passo inicial do voluntário é entrar nas redes sociais dos projetos e se informar do funcionamento deles. “Esse é o caso do projeto ‘SP Invisível‘, que faz um documentário com as pessoas das ruas. Além das ações, eles gravam e contam histórias, isso chama a atenção das pessoas”, menciona Luísa.

Maneiras de ajudar alguém

A principal forma de doar é o tempo. Ao estar ali auxiliando nas ações sociais já configura como contribuição, separando algumas horas de sua vida para dar atenção ao próximo. 

Apesar de ser polêmico, uma das contribuições mais importantes continua sendo a financeira. Alguns dizem ter receio, por não ter tanta confiança do local em que seu dinheiro está sendo direcionado. No entanto, muitas iniciativas necessitam desse tipo de ajuda para se manter e continuar comprando os insumos necessários para seus projetos.

A ONG como fator de igualdade

As Organizações Não Governamentais fazem parte do chamado terceiro setor, ou seja, o objetivo dessas entidades é de visar o bem-estar coletivo por meio de justiça e igualdade social. Elas complementam geralmente as necessidades que o Governo não consegue cumprir, muitas vezes cobrindo as necessidades do povo, ouvindo eles e repassando ao poder público.

As ONGs possuem o caráter sociológico, de ouvir e prestar atenção nos problemas que a civilização apresenta. Como Luísa diz, “elas resgatam a filantropia, que nada mais é do que ações voltadas ao bem público. Então, é resgatar esse amor à sociedade”.

Promovendo equidade e acolhimento social

Pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade muitas vezes não detém as informações necessárias para reconhecer os direitos que elas têm. Ao realizar as doações, elas vão ganhando dignidade pessoal e após um tempo o conhecimento necessário para melhorar suas vidas.

Não é obrigação da população promover a igualdade social, já que é o Governo quem necessita fazer as mudanças significativas. No entanto, o trabalho de formiga realizado pelo povo ajuda a chamar a atenção necessária que um problema precisa. “Vou lá na Sé fazer o projeto do ‘Bem da Madrugada’, onde geralmente fazemos a ação, mas só agora comecei a ver uma van do governo oferecendo albergue e fazendo reformas no centro.”

O que esse ato pode fazer na vida do voluntário?

Praticar voluntariado promove novas vivências e pensamentos sobre a vida. Sair da zona de conforto é uma das primeiras experiências do trabalho voluntário, porque ao conectar-se com pessoas diversas, principalmente aquelas que não está acostumado, você será desafiado a entender e ouvir a história do próximo. Criar compaixão e entender o contexto de muitos estarem em situação de rua, por exemplo.

“Me sinto mais empática com a minha família, menos preconceituosa quando ando na rua, perdi algumas crenças envolvendo o medo preventivo de andar na rua. Aprendi a ter um olhar mais humano com as pessoas.”

Luísa Maio, psicóloga e voluntária

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O artigo acima foi editado por Livia Nomoto.

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Mariana Alves

Casper Libero '26

Estudante de jornalismo que adora falar sobre livros, mundo geek e famosos.