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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Em 1984, um dos maiores anos da NBA e do basquete, reinava nas quadras somente um modelo de tênis nos pés dos jogadores: Converses. A Nike, hoje vista como um dos maiores impérios na moda, buscava seu espaço. Para isso, resolveu escolher algum jogador, de um dos esportes mais famosos e tradicionais do momento, para fazer esse merchandising. Sonny Vaccaro, ex-executivo de marketing esportivo americano e conhecido por sua gestão dentro da Nike, mirou de forma certeira em Michael Jordan, na época em seu início de carreira, que tornou-se anos depois um dos maiores fenômenos.

Em 1985, o primeiro tênis foi criado. Uma aposta incerta da Nike, que ainda não era consolidada. Michael Jordan é um esportista negro, e estrelou em uma época que o racismo preponderava ainda mais do que nos dias de hoje. A Nike, por sua vez, era uma marca legitimada por um público consumidor em sua maioria branca.

Com as cores pretas e vermelhas, o primeiro modelo foi lançado e inspirado no Chicago Bulls, time que MJ jogava no período. O sucesso foi imediato. A estratégia de marketing foi tão bem feita que todos os olhares das arquibancadas começaram a se dividir entre o calçado e os passes.

Porém, a NBA não ficou muito contente com tal feito. David Stern, americano responsável pela comissão da competição, proibiu os modelos do tênis, que estavam extremamente popularizados, por “não corresponderem ao tipo de calçado adequado”, instaurando uma multa de $5 mil caso o jogador os usasse. Mas, isso só aumentou mais ainda a procura.

O primeiro modelo, Nike Air Jordan 1, foi o que deu início a uma série de mais de 33 exemplares diferentes, criado totalmente de acordo com os parâmetros que o jogador estabeleceu e tornando-se, até hoje, uma das peças mais desejadas do meio. A febre por tênis e, principalmente, pela Nike, é presente até hoje. Henrique Reis e sua namorada Julia Costa administram juntos uma loja totalmente focada no mercado, a Reis Company (@reis.company no Instagram, onde realizam as vendas). Dentro desse universo, assumem o quão famoso é o modelo e suas variações, sendo inclusive, um dos mais vendidos.

“Os modelos se superam nos detalhes, a Nike sempre surpreende com modelos de Jordan cada vez mais lindos, o que faz a diferença são as particularidades de cada tênis, por exemplo, a combinação de cor, alguns quando desgastados possuem outra estampa ou cor, ou seja, a inovação de cada um!  A história do Jordan vem de muitos anos, mas atualmente vem se tornando cada vez mais procurado, assim os modelos vão ficando mais raros, devido à alta demanda. É um tênis especial e tudo isso se deve à trajetória e história desse modelo”, disse Julia.

Em 1986, a marca inovou com um novo lançamento, em um formato completamente diferente, um design futurista, mas que teve suas vendas afetadas após uma lesão do jogador, que o deixou fora de temporada.

Já em 1988 foi o ano em que lançou um dos mais aclamados de toda a linha: o Black Cement e a chegada do designer Tinker Hatfield, que marcou o retorno de Michael Jordan às quadras e o primeiro com o “jumpman”, o famoso símbolo característico do jogador com sua bola de basquete, presente desde então, em todas as coleções que o sucederam.

Em 1989 foi lançado o primeiro modelo que teve um lançamento global. O de 1990 fez alusão à “Um Maluco No Pedaço”, seriado americano que virou febre e faz sucesso até os dias atuais. O personagem principal, Will, representado por Will Smith, sempre usava um no pé, originando até mesmo algumas coleções comemorativas.

Assim, Jordan ganha novos modelos todos os anos. A história e a estética, ornando com todos os períodos, são responsáveis pelo grande sucesso que não tem data para terminar. O preço, portanto, varia. Encontram-se modelos mais acessíveis até aqueles de colecionadores que valem milhares.

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Izabella Giannola

Casper Libero '23

Izabella is a student of journalism at Cásper Libero. She is passionate about sports, fashion, literature and life. She dreams of representing the power of women in journalism by doing what she loves most.