Pinturas de cores marcantes, saias coloridas, expressão e sentimentos são grandes marcas das obras da pintora Frida Kahlo. A artista, que se tornou um fenômeno mundial, nasceu no ano de 1907 no dia 06 de junho, com nome de batismo de Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón, em Coyoacán, no México.
Vida de Frida Kahlo
A vida da artista, desde muito nova, teve seus momentos de dificuldade. Logo aos seis anos de idade, Frida foi diagnosticada com poliomielite, o que a deixou com sequelas em suas pernas. Porém, foi também na infância que Kahlo começou a florescer seu amor pela arte. Filha do fotógrafo alemão Wilhelme Kahlo e neta de fotógrafo, ela percebeu na fotografia uma maneira de retratar o mundo.
Frida Kahlo pôde vivenciar momentos de revolução em seu país natal (como é o caso da Revolução Mexicana de 1910), além de uma efervescência cultural que habitava no México. Aos 18 anos, Kahlo sofreu um acidente no qual uma barra de ferro atravessou seu corpo, fazendo com que a jovem tivesse de ficar um longo período acamada. Assim, por meio da pintura, ela encontrou uma maneira de passar o tempo e expressar seus sentimentos.
Já mais velha, Frida teve questões com álcool após sua separação de Diego Rivera, além de diversas infecções. Seus pés chegaram a ser amputados por terem tido gangrena, o que a levou a formular uma frase famosa: “Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?” A artista faleceu em 13 de Julho de 1954, aos 47 anos, por embolia pulmonar.
O lado amoroso de Frida também é de conhecimento público. A pintora teve seu grande amor pelo muralista Diego Rivera, mas esse a traiu durante todo o relacionamento, ao ponto que Kahlo também passou a traí-lo. O caso mais famoso foi com o político Leon Trotsky. Contudo, entre idas e vindas, Diego esteve casado com Frida até o final da vida dela.
Pinturas
O acidente aos 18 anos foi por onde começou a carreira de Frida Kahlo como pintora. A garota pintava autorretratos por meio da visão que tinha de um espelho em sua cama, pois dizia que queria pintar o que via com os próprios olhos. Frida retratava sua vida em telas, por meio de cores e traços marcantes, característicos de suas obras.
Autorretrato com vestido de veludo, 1926
O primeiro quadro de Kahlo foi o Autorretrato com vestido de veludo, 1926, que fez para presentear seu então namorado, o jovem Alejandro Gómez Arias. Ela explicou que o fundo do mar, na obra feita a óleo, representa a vida.
Autorretrato com cabelo cortado, 1940
O relacionamento conturbado com o muralista Diego Rivera marcou muitas obras da artista e, em um de seus términos, Frida Kahlo cortou suas características tranças que seu marido gostava e fez um autorretrato com cabelo curto e várias mexes jogadas no chão. Além do penteado, Kahlo abriu mão de suas saias e roupas características mexicanas e as cores marcantes. Na obra, ela utiliza um terno que, ao que tudo indica, pertencia a Diego, e, referente à situação, insere o trecho de uma canção, que aparece em cima: Mira, se te quise, fue por el pelo; ahora que estás pelona, ya no te quiero (Olha, se te quis, foi pelo cabelo; agora que está careca, eu não te quero).
Hospital Henry Ford, 1932
Um doloroso período da vida da artista foi quando sofreu um aborto espontâneo, enquanto estava nos Estados Unidos. Frida sempre teve o sonho de ser mãe, mas a gestação apresentava complicações e, apesar dos esforços, a gravidez não foi adiante, levando à perda do bebê. O aborto iniciou-se em casa e concretizou-se no Hospital Henry Ford, que dá nome ao quadro.
O Veado Ferido, 1946
O Veado Ferido, 1946, apresenta uma criatura metamorfoseada, uma mistura entre a cabeça de Frida e o corpo de um animal. O animal foi o veado, dado que esse representa a elegância, fragilidade e delicadeza. Na obra, o animal, mesmo ferido, segue seu caminho, sendo possível ler que ele representa o comportamento de Frida. Apesar de suas dores físicas e psicológicas, a artista seguiu em frente.
Figura Feminina
Em suas obras, Frida apresentou temáticas que, até então, eram pouco abordadas, como as questões íntimas femininas, tais quais, aborto, parto e feminicídio. Ela não tinha receio de apresentar suas fragilidades e criou a identificação com diversas mulheres que passaram pela mesma situação, como é o caso de seu aborto espontâneo.
Memória
A memória da artista está presente em suas pinturas, obras, livros e também na casa onde cresceu. Frida Kahlo passou a maior parte de sua vida na chamada “Casa Azul” e, em 1958, essa foi transformada no Museu Frida Kahlo.
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O artigo acima foi editado por Daniela Soares.
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