Composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, a Geração Z foi o primeiro grupo a ser considerado como nativo digital. Isso quer dizer que a internet e as redes sociais já fazem parte do cotidiano deles desde muito cedo. Como consequência, o acesso a esse mundo digital, cheio de possibilidades, tem demonstrado um público cada vez mais exigente e atento à autenticidade das marcas. Hoje, para conquistar sua atenção e fidelidade, as empresas precisam ir além da tradicional propaganda e alinhar discursos e práticas.
Segundo o relatório “Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica de Influência”, a Geração Z influencia significativamente os hábitos de consumo de todas as gerações, impactando desde as escolhas de compra até o posicionamento social de marcas. De acordo com Marcília Ursini, vice-presidente executiva da Edelman Brasil, o ativismo dessa geração está relacionado ao momento de profundas transformações sociais em que cresceram.
“Essa é a geração que mais gera conteúdo nas redes sociais e debate temas ligados ao futuro da humanidade e do meio ambiente. Essa pressão por respostas adequadas também reflete em todas as gerações”, comenta Ursini em entrevista a Exame.
A Geração Z busca por conteúdos que a fazem sentir parte de uma comunidade de forma natural e gigantes como Netflix, Nike, Apple, Spotify e Red Bull, que são exemplos de marcas que conseguem capturar a atenção desse público por meio de experiências personalizadas e valores alinhados. Bem como McDonald’s e Coca-Cola, que também estão entre as preferidas do grupo, conforme levantamento.
Ao som de “Love Hurts”, música de Nazareth, a Nike compartilhou em suas redes sociais um vídeo sobre corrida em outubro deste ano. Mais do que a propaganda de um tênis da marca, o conteúdo é um exemplo dessa conexão com público, tanto na legenda, que diz “Winning doesn’t always feel like winning” (Ganhar nem sempre é como ganhar, em tradução livre), quanto nas imagens, a Nike se conectou pelo humor e “retrato da realidade”.
Consumo da Geração Z
O consumo futuro da Geração Z está direcionado às tendências de digitalização, sustentabilidade e inclusão. Essa geração exige mais do que produtos de qualidade a preços competitivos, esperando compromisso social e ambiental real por parte das companhias.
Para Marcília Ursini, a palavra-chave é ação: “Marcas precisam estar conectadas com o mundo real, cumprindo o fazer e mostrando isso claramente. Essa é a mensagem central”. A pressão da Geração Z por respostas rápidas e eficazes, bem como seu engajamento social em temas de diversidade e inclusão, tem levado as empresas a revisarem suas estratégias.
Com a crescente preferência por experiências, essa geração não compra apenas produtos. As marcas que pretendem manter a relevância no mercado precisam, portanto, fugir de estereótipos e se comprometer com um posicionamento real, em que discursos sejam colocados em prática.
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O artigo acima foi editado por Clara Rocha.
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