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Culture

Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza: vencedores históricos do maior prêmio do evento

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

O Festival de Cinema de Veneza celebra a sétima arte desde 1932, sendo o mais antigo em sua categoria. Ser premiado nesse evento dita, muitas vezes, o sucesso que as obras terão. Entre seus prêmios, temos o Leão de Ouro, considerado uma das premiações mais importantes da indústria cinematográfica. 

Confira algumas das obras que levaram o maior prêmio do festival, do mais recente ao mais antigo.

2023 – Pobres Criaturas

Um filme de época, inspirado no livro de mesmo nome, escrito por Alasdair Gray, tendo Emma Stone como protagonista e dirigido por Yorgos Lanthimos. O longa – que é quase uma releitura da obra Frankenstein, de Marry Shelley –, descrito como um dos filmes mais excêntricos dos últimos anos, foi aplaudido de pé durante oito minutos no evento. Ele ainda trata de temas como relacionamento abusivo, liberdade, sexualidade e preconceito.

2022 – Toda Beleza e o Derramamento de Sangue

O documentário de Laura Poitras traz a vida e a obra de Nan Goldin, seu passado e a luta contra os Sacklers, além de seu presente, que é que uma consequência das ações que a conduziram até um destino perturbador. 

2021 – O Acontecimento

Retratado na década de 60, Audrey Diwan destaca como são grandes as sequelas da criminalização do aborto de uma maneira atemporal e incisiva. Assim, através de sua produção, nos dá uma experiência quase sensorial sobre as consequências desse processo visceral e propositalmente desconfortável.

2019 – Joker

Sob a direção de Todd Phillips e com Joaquim Phoenix como Coringa, o longa nos passa um misto de sensações, uma vez que a mente delirante de Arthur nos mostra todas as suas angústias, medos e traumas. Apesar de tirar o fôlego do início ao fim, desde a fotografia até a direção de arte, alguns alívios cômicos durante a obra nos permitem respirar.  

2017 – A Forma da Água

Quase um conto de fadas moderno, a obra, dirigida por Guillermo del Toro, é baseada no livro de mesmo nome. A paleta de cores linda e a fotografia incrível complementam o longa, além da performance dos atores, que faz com que os espectadores sintam os sentimentos dos protagonistas de maneira muito clara. 

2006 – Em Busca da Vida

Do diretor Jia Zhang-Ke, mostra de maneira clara como a identidade de um lugar pode mudar, levando consigo a identidade de seu povo – já que o protagonista é o seu próprio país. O filme retrata a reforma agrária, sem censuras ou julgamentos.  

2000 – O Círculo

A obra de Jafar Panahi é uma crítica direta e dura ao patriarcado iraniano e acompanha a história de três mulheres recém libertas da prisão, com desejos e anseios diferentes, mas com as mesmas duras guerras diárias contra a repressão que sofrem. Segundo o próprio diretor, “Isso não vale apenas para um tipo de mulher, mas para todas. Como se cada mulher pudesse substituir a outra em círculo que as tornam iguais“.

1997 – Hanna-Bi: Fogos de Artifício

O filme de Takeshi Kitano, quase que do início ao fim, retrata a proximidade e a atração com a morte. Tendo um brutal contraste entre cenas de perfeita delicadeza, de violência e momentos cômicos, é uma obra regada de melancolia e esperança. 

1994 – Vive L´Amour

A obra de Tsai Ming-Liang tem um humor peculiar. O filme é ambientado em Taiwan, onde três jovens dividem um apartamento sem ter a menor ideia disso. O drama pode representar a vida de muitos de nós, já que é notável o misto de esperança e decepção.

1985 – Sem Teto Nem Lei

Dirigido por Agnes Varda, vemos uma protagonista que dança com a morte durante toda a história. Contada na terceira pessoa, a personagem representa a falência das narrações que estruturam o filme – sem causa ou objetivo, ela só está presente, seu único compromisso é com a existência.

1982 – O Estado das Coisas

Wim Wenders coloca a câmera fotográfica como uma arma na mão de um artista que, por sua vez, é o próprio instrumento de revolta, e coloca a arte como um mecanismo de destruição da ignorância. 

1968 – Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos

O longa de Alexander Kluge conta a história de uma mulher que dirige um circo do futuro, depois que seu pai morre durante uma apresentação no picadeiro.

A produção, no entanto, foi a responsável pela paralisação da entrega do prêmio Leão de Ouro de 1969 até 1980. Segundo o site oficial da Bienal de Veneza, “O festival ainda tinha um estatuto que remontava a era fascista e nao podia contornar o clima político geral“.

1955 – A Palavra

Nesta obra canônica, Theodor Dreyer contrapõe fé e cristianismo, expondo a hipocrisia da religião institucionalizada. Ao mesmo tempo que traz uma fotografia suave e sucinta, mostra também diálogos que trabalham maravilhosamente bem para levar ao espectador uma visão clara do lugar de fé no mundo moderno.  

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O artigo acima foi editado por Fernanda Alves.

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Luana Porce Fatiche

Casper Libero '26

Primeiro ano como estudante de Publicidade e Propaganda na Faculdade Cásper Líbero.