Margot Robbie e Margaret Qualley são atrizes que ganharam grande espaço em Hollywood pelo talento e imensa capacidade de cativar os fãs em seus papéis – deixando uma grande marca no cinema.
Conheça as atrizes
Margot Robbie, australiana, ganhou destaque após seu papel em O Lobo de Wall Street (2013), onde interpretou Naomi Lapaglia. A partir daí construiu uma carreira bem consolidada, participou de projetos dentro de Hollywood como também independentes. Outros grandes papéis que marcaram sua jornada foi Tonya Harding em Eu, Tonya (2017), Harley Quinn em Esquadrão Suicida (2016) e Aves de Rapina (2020) e a icônica boneca americana em Barbie (2023). Margot tem uma presença muito forte nas telonas, usando sua influência na indústria para promover histórias que coloquem as mulheres no centro, tendo um compromisso com o fortalecimento da diversidade e mais espaços para mulheres no cinema.
Margaret Qualley é estadunidense e filha da também atriz Andie MacDowell. Sua carreira teve início como dançarina e, somente depois, Margaret fez a transição para a atuação. Seu primeiro grande papel foi em Era uma vez em… Hollywood (2019), porém já tinha trabalhado em uma série de 2014-2017, The Leftovers. Outro grande papel foi como uma jovem mãe em situação de violência e pobreza na série Maid (2021). Esse ano, a atriz ganhou destaque como uma das protagonistas de A Substância ao lado de Demi Moore.
Mesmo com um currículo fortíssimo de ambas as atrizes, surge um questionamento: será que não é problemático escalar atrizes consideradas “padrão” para filmes que abordam sobre aceitação e diversidade?
será que elas são as melhores escolhas para estes papéis?
Ao escolherem atrizes que estão “dentro” dos padrões de beleza impostos pela sociedade, perde-se uma enorme oportunidade de representar mulheres que fogem desses padrões. Esse tipo de escolha – muitas vezes já esperado – fortalece ainda mais o pensamento de que apenas as mulheres “ideais” podem ser protagonistas, tanto dentro quanto fora das telas.
A falta de representatividade nestes papéis inviabiliza grupos diversos, como mulheres negras, transexuais, com mais idade, com alguma deficiência, gordas e tantas outras que vivenciam questões de acessibilidade, tópicos que poderiam enriquecer muito as narrativas e aumentar o número de pessoas que poderiam se identificar.
Uma história sobre autoaceitação e acessibilidade pode ser comprometida ao associar essas questões à atrizes que estão no padrão impostos socialmente. Uma personagem que possui características que a sociedade enxerga como “padrão” não passa pelas mesmas dificuldades, e barreiras, que alguém de fora desse pequeno grupo; e consequentemente as histórias, por mais incríveis que sejam, podem ser desconexas com seu público, passando uma mensagem superficial.
Atrizes como Margot e Margaret, mesmo que extremamentes talentosas, não carregam a vivência de serem julgadas, subestimadas ou marginalizadas com base em sua aparência. Em uma sociedade onde a imagem de celebridades são constantemente compradas e idealizadas, ver essas mesmas atrizes na frente das câmeras vivendo dilemas de auto aceitação, pode aumentar a comparação e insatisfação com o próprio corpo, duvidando de sua própria beleza.
Esse aspecto está presente principalmente nos jovens, que desenvolvem muitos transtornos por este motivo. Por isso que se torna essencial uma maior inclusão, buscando atrizes que possam oferecer um espelho mais amplo e enriquecedor para o público.
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Texto editado por Ana Luiza Sanfilippo