É impossível ouvir a frase: “Eu sou seu pai” e não saber a origem da referência, mesmo pessoas que nunca assistiram Star Wars sabem a importância da franquia para o mundo pop. E a cada ano que passa este universo conquista novos fãs, seja através da produção de novos filmes e séries até a venda de produtos para o público.
Embora George Lucas tenha começado a contar a história de Star Wars pelo episódio IV, nunca foi dada a certeza de que haveria continuação para a saga, afinal, na década de 80, sequências de filmes não eram tão comuns quanto hoje em dia. Por mais que fosse inegável a curiosidade e o engajamento gerados por apresentar uma história que já começava no quarto episódio, e mesmo existindo a possibilidade de produzir as prequels, havia uma neblina na carreira de Lucas.
A junção de todos esses pontos com o mundo gráfico criado em Star Wars, os designs dos personagens, a criação dos mundos imagéticos que fazem um paralelo entre um passado idealizado com um futuro imaginativo, conquistou o coração dos fãs. Além disso, a narrativa se baseia na clássica jornada do herói que, por ser recorrente, traz um aconchego para os espectadores, já que o cinema e a literatura estão frequentemente imersos nesta forma de contar história.
A princesa que precisa ser salva, o garanhão que pratica atos ilegais e o mocinho com uma índole moral inquestionável são personagens caricatos, mas Lucas faz com que tenham um toque de profundidade e que não sejam rasos como aparentam no início, gerando identificação e curiosidade para o espectador sobre o conteúdo que a obra apresenta e o rumo em que vai levar.
A comparação do Impériode Star Wars com a Alemanha Nazista é recorrente com cenas que remetem diretamente a esta ideia, mostrando o lado político prestado por George Lucas que realiza um paralelo sútil entre a realidade e a ficção. Como, por exemplo, no episódio “O despertar da força”, em que o General Hux realiza um discurso afirmando que o fim da República se aproxima. Mas a analogia por si só não se restringe apenas às palavras proferidas, porque o cenário montado também alude ao Nazismo, bem como o posicionamento dos Stormtroopers em frente a um palco, que ao fundo apresenta o símbolo da Primeira Ordem, referenciando a propaganda nazista o Triunfo da Vontade.
Deste modo Lucas reflete sobre a sociedade e humaniza a sua marca ao trazer mais camadas para o filme, que interessam tanto os cinéfilos quanto os estudiosos da área, indo além da classe popular.
Os produtos criados a partir deste universo tais como camisetas, brinquedos, canecas, entre outros, ajudaram a expandir a popularidade da franquia, tornando parte do cotidiano geral. Essas produções são capazes principalmente de criar uma comunidade consolidada de fãs, haja vista que, após consumirem estes conteúdos, eles teriam a oportunidade perfeita de emergir para dentro dessa narrativa que os fascina tanto.
Esquecer a trilha sonora que registra toda essa história poderia ser considerado um crime para aqueles que acompanham a saga desde o princípio, o que reflete em como não houve um aspecto em que Lucas deixou escapar para entregar uma vivência de outra dimensão para seus telespectadores. A composição feita por John Williams mexe com os sentimentos do público e ressalta qual deve ser a sensação ao viver tais cenas ou vislumbrar os personagens presentes na tela.
“Que a força esteja com você.” Um lema presente na ficção e que consegue transcender do filme para a vida real. Seja pelo mistério envolto do que é a “força” ou pelos fãs que, enquanto assistem, também sentem a força entre eles.
George Lucas produziu a saga de Star Wars para ser um sucesso. O investimento audiovisual torna claro esta ideia e o licenciamento de produtos originais também, já que no lançamento do primeiro filme Lucas já havia garantido os direitos autorais de seus produtos.
O sucesso da franquia imperou sobre os fãs até chegar ao ponto de criarem uma data comemorativa para a saga. Uma brincadeira sonora entre a frase “May the force be with you” e a pronúncia americana da data do dia quatro de maio, que primeiro vem o mês e depois o dia, formando “May the fourth”.
A conquista desta comemoração como o dia de Star Wars não se restringiu exclusivamente aos fãs porque, para celebrar este ano, a atriz Carrie Fisher, que interpretou a Princesa Leia, recebeu sua estrela na calçada da fama. O nome do estrelato foi recebido por sua filha, Billie Lourd – uma vez que a atriz veio a falecer em 2016 – , além de ter recebido uma bela homenagem pelo filme Star Wars: os últimos jedis, lançado em 2017.
O artigo acima foi editado por Marcela Abreu.
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