Prada é sinônimo de luxo e boa vestimenta. A marca se destaca desde seu começo no mundo fashionista, a partir de uma moda feita para poucos e de alto custo. Assim, inspira todos os dias seus compradores e estilistas internacionais, que enxergam, até hoje, os itens como um sonho de consumo.
De fato, a empresa revolucionou continuamente a moda elitista, assim como a popular, que tenta reproduzir as maiores tendências. Seja pelos artigos de couro mais clássicos, ou as bolsas de Nylon dos anos 2000, todo mundo já ouviu falar da Prada. O que nem todos sabem é que esse sucesso é fruto, principalmente, da ação de uma mulher visionária, Miuccia.
O começo da PRADA
Em 1913, Mário Prada e seu irmão Martino fundaram a marca que carregaria seu sobrenome, o qual permanece nas lojas e passarelas até hoje. Inicialmente, a produção era exclusivamente composta por acessórios feitos de couro. Na época, todos os itens eram feitos a mão, destacando seu material e produção de alta qualidade. Com isso, a classe italiana logo se atraiu pelos produtos, e o sucesso da marca chamou atenção, até mesmo, da realeza do país, que aderiu rapidamente ao uso.
A mulher da moda
Mário Prada teve uma filha, Luisa Prada, a qual deu à luz a sua neta, Miuccia Prada. Nascida em 10 de maio de 1949, a garota foi apelidada em sua infância de Miu Miu. A estilista, curiosamente, nunca apresentou interesse em entrar no mundo fashion, e tinha uma visão fútil em relação à moda. Era uma feminista de esquerda com ideais socialistas que não via a real importância do setor vestuário. Porém, em 1970, Miuccia sucumbiu ao chamado capitalista e passou a fazer parte da empresa familiar. Mais tarde, em 1985, a firma foi oficialmente passada à mulher, desencadeando o sucesso mundial.
O início de uma revolução
Logo em seu início na empresa, a estilista reinventou a marca, substituindo o tradicional couro usado na produção por náilon Pocono – material até então utilizado para confeccionar tendas militares. Essa mudança provocou um estouro instantâneo na venda das mochilas da Prada, por apresentar resistência, praticidade e beleza.
Com o sucesso da mochila, Miuccia logo percebeu que os consumidores não estariam mais priorizando a ostentação, mas sim a praticidade e qualidade. Essa ideia se consolidou em um novo rosto para a grife, que apareceu com coleções de roupas básicas, tendo inspiração nas artes plásticas. Por meio dessa revolução, a Prada passou a servir de inspiração para diversas lojas já reconhecidas no mercado mundial.
O passado da dirigente em movimentos estudantis fez com que o estilo de criação fosse voltado a mulheres bem-informadas e modernas, o que a distinguiu ainda mais dos estilistas da época que priorizavam a sensualidade. Assim, a Prada foi transformada em uma marca que vai além da experiência de compra, carregando uma mensagem e praticidade.
Expansão e crescimento
Atualmente, a Prada está avaliada em cerca de 5.642 bilhões de dólares, segundo o ranking Kantar BrandZ, sendo considerada uma das marcas mais valiosas do mundo. A grife possui mais de 600 lojas ao redor do mundo, estando presente em 70 países. Isso tornou Miuccia a 8° mulher mais rica do planeta, de acordo com a Forbes.
Com o crescimento de sua carreira, Miuccia teve a oportunidade de lançar sua outra marca, a Miu Miu, que recebe esse nome em sua homenagem. A loja apresenta uma aparência mais jovial e um pouco mais acessível, tendo alguns dos acessórios mais cobiçados do mundo.
Amor e negócios
Miuccia é casada há mais de 30 anos com Patrizio Bertelli, atual CEO do conglomerado Prada. Os dois acabaram se apaixonando após uma acusação de plágio dos modelos de bolsa dele, e se tornaram grandes parceiros de negócios.
Pouco depois de sua entrada no mundo do luxo, a italiana se sentia relutante devido à pequena importância da moda para a sociedade. Portanto, criou junto com o marido a Fundação Prada, localizada em Milão, em uma área periférica. A fundação apresenta espaços para diversos tipos de amostra, com o intuito de preservar e disseminar a cultura. No local, o casal realiza exposições de diversos tipos, com predominância na arte contemporânea.
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O artigo acima foi editado por Daniela Soares.
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