Comemorado no dia 10 de setembro, o Dia do Assessor de Imprensa reconhece os profissionais da área de comunicação responsáveis por construir e consolidar a imagem e reputação de clientes, além de ser mediador entre eles e veículos de comunicação.
Especialistas indicam que as Relações Públicas – a principal área de estudo da profissão- surgiu entre os anos de 1829 e 1837, a partir da criação de um setor do governo dos Estados Unidos, durante o mandato de Andrew Jackson, nomeado “The Glob”, dedicado aos assuntos de imprensa. Atualmente, a carreira evoluiu, exigindo cada vez mais conhecimentos interdisciplinares para seu exercício. Marketing, social media, branding, relações governamentais e gerenciamento de crise estão entre eles.
A época de eleição
No contexto de ano eleitoral, como é o caso deste ano, a profissão se torna ainda mais indispensável, tendo em vista os debates, sabatinas, reuniões e entrevistas das quais o candidato participa. O assessor de imprensa é responsável por orientá-lo e treiná-lo, mas suas atividades não se limitam a isso; ele também redige releases, recebe demandas da imprensa com possíveis entrevistas ou solicitações de esclarecimento, acompanha o cliente, analisa a concorrência, verifica o número de clipping e a centimetragem e oferece pautas para a imprensa.
Anna Júlia Fagundes, 24, é jornalista pela USJT (Universidade São Judas Tadeu), formada em 2021. Fagundes não seguiu o caminho das redações e estúdios de TV, mas sim o da assessoria. Sua experiência na política é recente, mas já faz parte da equipe de assessoria de imprensa de Tabata Amaral (PSB), candidata à prefeitura de São Paulo.
Ela comenta que por trás da campanha existem várias equipes e funções, desde a produção de conteúdo e agenda à assessoria. “É diferente de tudo que eu já trabalhei, porque o fluxo é intenso, é tudo muito rápido, mutável”.
A rotina
Durante o seu dia a dia, ela já teve oportunidade de participar de um treinamento de mídia, revelando assim como o profissional da assessoria deve ser versátil e acompanhar tendências. Suas atividades permeiam o monitoramento aprofundado das matérias que saem sobre candidatos – incluindo Tabata-, da realidade de São Paulo e os problemas que a cidade enfrenta em diferentes áreas, além da produção de releases, notas e relatórios de resultados, e atendimento às solicitações da imprensa. “A assessoria de Imprensa exige que a gente sempre esteja muito atento e atualizado, afinal, as mensagens mudam conforme o cenário e a estratégia do dia”, completa.
Apesar dos desafios, Anna cita que uma das principais vantagens de seu trabalho, é a de estar aprendendo coisas novas todos os dias.
A assessoria no brasil
Assim como Fagundes, mais de 34% dos jornalistas brasileiros trabalham fora da “mídia tradicional”, contemplando atividades de assessoria de imprensa ou comunicação, produtoras de conteúdo ou outras que utilizam conhecimento jornalístico. Deste universo, 43,4% declaram que sua atividade principal é a de assessoria de imprensa, segundo dados da pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro 2021, realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
O cenário da atuação do jornalista em assessoria de imprensa tem se consolidado ao longo dos anos, com a compreensão da relevância do profissional, especialmente em áreas como a política, em que candidatos são respaldados com conhecimentos técnicos e estratégicos de jornalismo, relações públicas e comunicação como um todo.
A evolução da profissão reflete a complexidade do cenário da comunicação nos dias de hoje, por meio da exposição pública em canais on e off-line, exigindo dos profissionais expertise que construa e consolide a reputação e imagem de seu cliente.
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O artigo acima foi editado por Olivia Nogueira.
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