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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Neste verão, uma nova tendência de moda, diretamente da Argentina, ganhou destaque no Brasil: o estilo das ‘milipilis’. Com a chegada de turistas no país, a estética chamou a atenção e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.

O termo ‘milipili’ é uma combinação dos nomes ‘Milagros’ e ‘Pilar’, comuns entre jovens argentinas nos anos 1990. Inicialmente, era utilizado de forma pejorativa para descrever jovens de classe alta que ostentavam riqueza herdada dos pais. Com o tempo, o termo evoluiu para representar uma subcultura estética que mistura elementos do estilo boho com influências dos anos 90 e 2000, desvinculando-se da conotação socioeconômica original.  

A chegada das turistas argentinas exibindo esse estilo nas praias brasileiras, especialmente em locais como Florianópolis e Balneário Camboriú, despertou curiosidade e interesse. Hoje, vídeos no TikTok e no Instagram destacando a estética ‘milipili’ tornaram-se virais, o que levou  muitas jovens brasileiras a adotarem e adaptarem o visual ao seu cotidiano.

A estética ‘milipili’ é marcada por uma paleta de cores neutras, em destaque o preto, com uma grande variação de texturas, indo do couro às peças artesanais de crochê. Confira as principais características desse estilo: 

1. Shorts jeans e saias de cintura baixa

Os shorts jeans são essenciais nesse estilo, seja para sair durante o dia ou curtir a noite. Essa peça destaca a silhueta, conferindo um ar jovem e ousado ao visual. 

As saias de cintura baixa, como  os modelos curtos com estética vintage Y2K, são peças-chave no guarda-roupa ‘milipili’. Essas saias proporcionam um visual arrumado e estiloso ao mesmo tempo. 

2. Top justos

Independente de qual peça você escolha usar, a barriga à mostra é uma característica essencial para seguir essa estética. Os tops usados por elas também não são comuns, grande parte possuem recortes assimétricos bem diferentes, ou texturas ousadas, saindo do básico.

3. Botas robustas e sandálias delicadas

Durante o dia, as ‘milipilis’ optam por um calçado mais delicado e praiano, como rasteirinhas e sandálias de amarração, apresentando uma tendência “hippie-chic”.

E mesmo no verão, botas de estilo militar, coturnos e, até as botas de cowboy, são calçados muito usados para compôr o look das ‘‘milipilis’. 

4. Acessórios Marcantes

Mistura de bijuterias e acessórios prateados e dourados são acessórios frequentemente utilizados para complementar o estilo. Cintos também ganham bastante destaque — grossos e chamativos — deixando qualquer look básico mais interessante.

5. Maquiagem básica e penteados criativos

A maquiagem no estilo ‘milipili’ tende a ser elaborada. Muitas vezes, incorporam elementos brilhantes e cores claras, deixando a pele bem leve, quase sempre com uma aparência “clean”. Os penteados, por outro lado, são criativos. Eles variam de  cabelos soltos e naturais até estilos mais divertidos, como coques, meio-rabo e tranças.

Embora popular, o estilo ‘milipili’ enfrenta críticas por promover um padrão de beleza associado à extrema magreza. Debates sobre inclusão e diversidade corporal têm sido levantados, incentivando adaptações da tendência para abranger uma variedade maior de formas e tamanhos.  

A estética das argentinas transcendeu suas origens e tornou-se uma tendência internacional, refletindo a dinâmica das subculturas juvenis e a influência das redes sociais na disseminação de modas. Sua popularidade destaca a capacidade da moda de evoluir e se adaptar diante de elementos de diferentes épocas e culturas, enquanto também suscita discussões importantes sobre representatividade e inclusão no mundo fashion.

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O artigo acima foi editado por Luana Zanardi.

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Helena Maluf

Casper Libero '26

As a journalism student at Faculdade Cásper Líbero in São Paulo, I’m driven by a love for storytelling and uncovering the narratives that connect us. Cásper’s program has allowed me to dive deep into the world of media, and I’ve found myself drawn to its powerful role in shaping society. Whether through written word, video, or photography, I am constantly seeking ways to engage with stories that inspire, inform, and ignite curiosity. I see journalism not just as a profession, but as a way to bring voices and perspectives into the public eye. Beyond my academic interests, I have a personal passion for cinema, art, and fashion. I believe that visual culture—films, galleries, street style, and more—reveals so much about how people interpret the world around them. From independent films to runway collections, I find that these creative fields offer unique insights and commentary on the social issues of our time. This fascination with aesthetics and storytelling fuels my desire to explore new cultural movements and share them with others. Ultimately, I’m a curious soul with an appreciation for diverse forms of expression. I enjoy immersing myself in different cultural experiences, learning from every story, and embracing the richness that each discipline brings to our understanding of the world. Through my journey in journalism, I hope to contribute to meaningful dialogues and make a positive impact in the realms of art, fashion, and beyond.