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Culture

Oscar 2024 e a falta de um filme nacional entre os indicados: isso diz mais sobre a academia ou sobre nós?

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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

O Oscar 2024 aconteceu no último domingo, 10 de março, com a presença de filmes e atores norte-americanos grandemente enaltecidos pela mídia. Nele, Oppenheimer foi consagrado como o melhor filme do ano e Emma Stone ganhou o prêmio de melhor atriz por Pobres Criaturas, além de outras decisões na lista de premiados. Ainda assim, as produções brasileiras foram deixadas de lado na lista de indicados, sendo rejeitadas mais uma vez pela academia. 

Qual é o histórico do Brasil na premiação?

O Brasil já esteve na lista de indicados ao Oscar algumas vezes, mas raramente como o mais cogitado ao prêmio. Em 1963, foi finalista com o filme O pagador de promessas; Já em 1996, com O Quadrilho; em 1998, com O que é isso companheiro?, e em 1999, com Central do Brasil, produção nacional que tornou Fernanda Montenegro a primeira atriz brasileira indicada ao Oscar. 

Apesar disso, o favoritismo nunca esteve presente entre as produções brasileiras, indicando a rejeição das nossas produções pela academia internacional.

Neste ano, seis filmes brasileiros foram pré-selecionados para a premiação, com a representação de diversas questões cotidianas através do drama em seus enredos.

Dentre as produções pré-indicadas, Retratos Fantasmas, do diretor Kleber Mendonça Filho, é o que ganha maior destaque. O longa, que conta a história do centro de Recife durante o século XX, além do controle de comportamento do lugar sob o resto da população recifense, também retrata a história de uma região desvalorizada no país, demonstrando a pluralidade entre os estados.  

Outros filmes, como Noites Alienígenas, de Sérgio Carvalho, Estranho Caminho, de Guto Parente, ou Pedágio, de Carolina Markowicz, também estão na lista de pré-indicados. Essas produções são capazes de retratar, através de atuações e fotografias admiráveis, a manutenção dos relacionamentos enquanto sobreviventes à variedade de vidas.  

Sendo assim, a desvalorização do cinema brasileiro por parte da academia é cada vez mais clara. Com mais tempo de experiência nas indústrias, dinheiro e pessoas formando grande parte do público potencial, filmes e criações estrangeiras recebem muito mais reconhecimento mundial. No entanto, as produções nacionais, que lutam pelo crescimento e reconhecimento internacional, seguem sendo deixadas de lado quando comparadas às produções estrangeiras.  

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O texto acima foi editado por Fernanda Alves.

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Raissa Galvão

Casper Libero '27

Estudante de jornalismo que ama a arte de se comunicar e escrever ;)