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A Realidade De Uma Estrela do Pop: Resenha de Gaga, Five Foot Two

This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Os cortes entre flashes em uma cena do documentário dizem tudo: looks extravagantes e fãs gritando “Mother”, corta para o presente e vemos Lady Gaga sentindo-se pressionada e chorando no carro. Com esse tom, Gaga: Five Foot Two, conta a trajetória de uma das maiores cantoras pop. Entre a produção de seu mais recente álbum “Joanne” até o espetáculo show no Super Bowl 2017. A liberdade ao demonstrar suas emoções – exploradas pelo diretor Chris Moukarbel, no documentário distribuído pela Netflix – mostra como Gaga é apenas uma figura envolta em mitos. Uma pessoa com dores, incertezas e dramas do dia-a-dia. A Stefani em meio a Lady Gaga.

A narrativa revela as dores que a cantora sente diarimente com as crises de fibromialgia – síndrome que provoca dores intensas por todo o corpo. Os choros ao longo do documentário sensibilizam a figura pública em um modo nunca visto antes.  Além disso, explora o medo de ficar solitária, a sua relação com o ex-noivo Taylor Kinney e a amizade adorável com o produtor Mark Ronson. Emocionalmente – e fisicamente – naked em frente as câmeras, o documentário traz um ar de proximidade para os fãs da cantora.

Foto: Netflix

Um dos seus momentos mais íntimos e bonitos é a conversa com a sua avó e o seu pai sobre a maior inspiração de seu álbum: Joanne Germanotta, sua falecida tia, a qual morreu de lúpus aos 19 anos, mesma doença que a cantora sofre. Fotos e histórias de infância são inéditas e sinceras. Entretanto, como obra cinematográfica, Moukarbel não impressiona. Há cenas desnecessárias, como alguns minutos de Gaga na gravação da sexta temporada de American Horror Story, facilmente cortada e pobremente desenvolvida dentro da narrativa.

No final das contas, o documentário tem o objetivo de mostrar as dificuldade de uma artista global, criando empatia com o público – fato bem sucedido, já que os fãs amaram descobrir o que realmente acontece na vida da cantora. Além de mostrar uma Lady Gaga simples, vulnerável e insegura, bem diferente da figura caricata que a mídia divulga. As cenas finais são as preparações para o show do Super Bowl, parecendo que quando a gigante Lady Gaga entra no palco, todas as dores desaparecem, pois o show começa.

Foto: NFL

Edição: Letícia Giollo

Student of journalism with a passion to tell stories. Also loves a good TV show, a conforting book and life changing movies.
Giovanna Pascucci

Casper Libero '22

Estudante de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero que ama animais e falar sobre séries.