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Quando feita por uma pessoa com conhecimentos de arquétipos envolvidos em cada uma das 78 cartas (e na psicologia), a leitura de tarot pode ser benéfica para o autoconhecimento. O baralho é composto por 22 arcanos maiores e 56 menores, tirados por meio de técnicas específicas que criam um panorama sobre a vida de quem está consultando o oráculo.
“Esses símbolos e imagens falam de padrões inconscientes, os quais adiantam e elucidam questões ou tendências futuras e, consequentemente, auxiliam na melhor compreensão das situações”, explica Virginia Gaia (@virginiagaia), astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística.
Para Gaia, é interessante notar o gosto de diversas civilizações ao longo da história pelo oráculo, presente em diferentes técnicas e formas, que transcendem as cartas. Um dos mais antigos é o que chamamos no Brasil de baralho cigano, mas conhecido no mundo todo como baralho de Lenormand.
Constantemente confundido com o tarot, esse jogo de cartas se popularizou em nosso país por meio de grupos de ciganos na umbanda. Entretanto, o baralho surgiu após a morte da famosa cartomante Mademoiselle Lenormand, oraculista francesa que ficou conhecida por conta dos atendimentos na corte de Napoleão Bonaparte.
O tarot, por outro lado, possui uma origem mais incerta, apesar dos relatos do uso das cartas como entretenimento no norte da Itália durante o Renascimento. “Quem lê baralho cigano, não necessariamente lê tarot, e vice-versa. São dois estudos independentes e não existe isso de ‘melhor’ – a questão é realmente de preferência”, explica a profissional, que dá aulas sobre ambas as técnicas.
Mas afinal, como funciona o tarot?
Apesar de ter surgido como um jogo de lazer, a leitura de tarot foi disseminada por conta de seus fins divinatórios, isto é, de adivinhação. Isso não significa que o tarot lhe prometerá amor ou dinheiro em curto prazo, como alguns produtos da cultura Pop nos fazem acreditar.
O objetivo, na verdade, é realizar um exercício de autoconhecimento, derivado da Cabala, vertente mística do judaísmo contemporâneo ao período medieval na Europa.
Cada uma das cartas possui um símbolo que traduz questões inconscientes comuns entre os seres humanos. Carl Jung, nome clássico da psicologia do século XX, trouxe para seu campo de estudo essas “imagens” com padrões, as quais nomeou “arquétipos”.
As cartas do tarot, portanto, ilustram os anseios humanos, mas só podem ser interpretados de maneira assertiva por quem de fato é profissional na área.
Gaia conta que costuma utilizar uma técnica de tiragem mais geral combinada à mandala astrológica. “Não tem nada a ver com a leitura do mapa astral propriamente, mas a gente usa as cartas para entender como é que está cada uma das áreas da vida da pessoa”, relata.
A magia da leitura de todos os oráculos está exatamente nessa capacidade de traduzir aquilo que está difuso na nossa cabeça por meio de uma linguagem simbólica. A tradução dos padrões é muito rica, não tem como não se encantar. Eu diria que quem fala mal é porque nunca passou pela experiência de ter uma leitura completa com um profissional sério.
Virginia Gaia
Cuidado com as leituras de tarot do TikTok
Entre tantas representações rasas do tarot em filmes clássicos da cultura Pop, as redes sociais contribuem, muitas vezes, para ampliar uma opinião negativa coletiva sobre as leituras das cartas.
Muitas vezes o problema está nos próprios responsáveis pelas leituras, que por conta de diversas questões – com a financeira -, acabam contribuindo com a visão pejorativa da profissão ao realizar leituras sem aprofundamento.
“Não é uma coisa que eu faço nas minhas redes sociais porque durante a leitura estamos falando de um inconsciente, um padrão psíquico. Essas leituras muito gerais em rede social, honestamente, eu acho que não tem muito fundamento, sabe?!”.
Gaia pontua que isso não significa que as redes sociais e as leituras em meio a grupos, por exemplo, deixam de ser assertivas. A diferença é que mesmo em lives ou programas de rádio é preciso se concentrar em um indivíduo.
“É legal para responder uma pergunta específica, mas também não se compara a uma consulta completa, onde a gente consegue fazer todas as perguntas, destrinchar as questões, enfim… É realmente ter um oráculo à disposição para esclarecer tudo”.
Quer se aprofundar na leitura de tarot?
Virginia Gaia realiza consultas presenciais ou online relacionadas ao tarot, baralho cigano, astrologia e até mesmo terapia holística. Além disso, a profissional ministra diversos cursos para todes que desejam se aprofundar nestes temas.
Se quiser saber mais detalhes, é possível entrar em contato pelo e-mail (contato@virginiagaia.com.br) ou site (virginiagaia.com.br).
Vale lembrar que estamos sorteando uma consulta de leitura de tarot com a Virginia Gaia lá no Instagram da Her Campus Cásper Líbero, não perca:
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O artigo acima foi editado por Carolina Grassmann.
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