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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Em fevereiro chegou a Netflix a primeira parte da quinta e última temporada de As Telefonistas. A produtora e criadora da série, Teresa Fernández- Valdés já havia adiantado que haveriam muitas mortes nesta última temporada, além de afirmar que As Telefonistas se encerrariam “mais ousadas, ambiciosas e melhores”.

Ao longo de quatro temporadas a trama da série espanhola ambientada nos anos 20 evoluiu de lutas feministas, LGBTfobia, relacionamentos abusivos, para conspirações, prisões e até morte de uma das personagens principais. Nesta última temporada, dividida em duas partes, o enredo terá como cenário de fundo um dos piores conflitos armados da história do país: A Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

A Guerra Civil Espanhola já era esperada para ser abordada desde a primeira temporada quando os espectadores foram apresentados ao grupo de telefonistas compostos por Lídia (Blanca Suárez), Carlota (Ana Fernández), Marga (Nadia de Santiago), Sara (Atualmente Óscar, representado pela atriz Ana Polvorosa) e Ángeles (falecida já na série, o papel coube Maggie Civantos). Entre o trabalho na companhia telefônica e os dramas de suas vidas pessoais somos informados que algumas das funcionárias espionavam as comunicações dos militares para o Rei da Espanha, uma vez que este último já pressentia um golpe militar a caminho. 

 

A trama

No final da quarta temporada, após salvar sua filha de um sequestro por parte da sogra, Lídia  foge com ela para os Estados Unidos, levando também consigo seu amor de infância Francisco (Yon González) e Sofía (Denisse Peña), filha de Ángeles. Juntos eles formam uma nova família por sete anos, até que Sofia alista-se escondida no exército republicano para lutar contra o fascismo do ditador Francisco Franco.

Lidia, então, parte para Madrid para juntar-se aos seus velhos amigos e tentar encontrá-la para levá-la de volta para casa. Por mais que ela entenda e apoie os ideais da filha de criação, seus instintos maternos querem protegê-la de tudo e todos.

As primeiras surpresas surgem ainda no primeiro episódio quando descobrimos que Carlos (Martiño Rivas) tornou-se um coronel do lado republicano após a morte de sua mãe e a perda de sua família para Francisco, a quem considerava seu melhor amigo.

Com grande rancor de Lídia, Carlos se recusa a ajudá-la, obrigando que as protagonistas buscassem provas de que agia como espião para os rebeldes. Chantageado, Carlos passa a maior parte da trama tentando encontrar Sofía que depois descobre ter sido sequestrada pelas forças inimigas. Ele e Lídia acabam conseguindo cumprir o objetivo, mas isso leva a morte de Carlos e a prisão de Lídia.

A reviravolta fica nos últimos segundos do final da primeira parte, quando Lídia chega ao presídio e descobre que sua ex-sogra não estava apenas viva como também seria a responsável pelo local. A primeira vista, a vilã parece não notar a protagonista no meio das outras prisioneiras, deixando esse encontro para a segunda parte. A pergunta que fica para o espectador: Qual será a reação de Doña Carmen Cifuentes ao saber da morte de seu querido filho? Iria ela culpar a mãe de sua neta?

 

O cenário de fundo

Os espectadores habituados aos cenários e roupas de luxos exibidos nas temporadas anteriores podem se chocar com o cenário sangrento empregado nesta temporada. Já era habitual algumas cenas fortes em geral movidas ao preconceito em sua maioria devido ao machismo. Porém, nesta quinta temporada outros temas típicos de um país comandado por duas facções militares acabam por vir a tona.

A maioria destas cenas são mostradas perfeitamente por Óscar, Carlota e o fotógrafo americano James (Alex Hafner) . Os três que são jornalistas acabam por enfrentar dilemas profissionais e éticos típicos de quem cobre um conflito armado. Em diversos momentos eles sofrem a consequências por se manterem na ativa: James o recebe na forma de tortura e censura, enquanto que Óscar na não aceitação de sua identidade de gênero por uma nova política que toma conta de Madrid.

A segunda parte ainda não tem previsão de estréia. No entanto, sabe-se que já está gravada e deverá ser lançada entre Julho e Agosto. Mas, tudo indica que o alerta da produtora Teresa Fernández- Valdés está correto:

Há mais ação do que nunca

Lídia Esteves

Casper Libero '20

Lídia é estudante de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Amante do mundo do cinematográfico, criou em 2018 o LyTimes, um blog exclusivo para á cobertura de seriados.
Giovanna Pascucci

Casper Libero '22

Estudante de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero que ama animais e falar sobre séries.