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Viagem para o fim do mundo: como é fazer uma expedição para a Antártica

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

A Antártica, um dos lugares mais remotos do mundo, tem sido o destino de muitos viajantes que gostam de se aventurar e sair do tradicional. Com temperaturas abaixo de zero, geleiras e animais exóticos, essa viagem pode ser mais divertida e desafiadora do que se imagina.

Como chegar lá?

As expedições para a Antártica são realizadas através de cruzeiros “quebra-gelo”, e o ponto de partida principal é a cidade de Ushuaia, na Argentina, — o lugar mais ao sul do globo. O pacote é All Inclusive, com alimentação, passeios e transfers já dentro do valor, a única coisa paga separadamente é a passagem de avião até o local de saída.

O perfil dos passageiros vai desde mochileiros desacompanhados até famílias com crianças, e lá se encontram pessoas de diversas nacionalidades. É importante lembrar que as viagens são obrigatoriamente feitas apenas no verão, então só acontecem entre Outubro e Março. Até o continente são mais ou menos três dias de navegação, e é possível enfrentar ondas de até 6 metros, na famosa Passagem de Drake.

Passagem de Drake

O trajeto para a Antártica pode ser turbulento, mas o maior desafio é a temida Passagem de Drake, a região em que os oceanos Atlântico e Pacífico se encontram causando fortes correntes marítimas, que aliadas com as repentinas mudanças de tempo dificultam o percurso. 

É costume da tripulação chamar a passagem de Drake Lake quando está calma, já que se atravessa tranquilamente, e de Drake Shake quando tem há muita turbulência.

O que levar na mala? 

É imprescindível levar um bom conjunto para andar na neve, com calça, casaco e botas que te deixem aquecido e sejam impermeáveis. Óculos de sol e protetor solar com alto fator são itens indispensáveis, porque mesmo com a média de temperaturas entre 0°C e 9°C, na temporada de visitação, o sol da Antártica não é brincadeira, e o branco da neve facilita que os raios solares reflitam no chão e queimem ainda mais rápido, de baixo para cima (lembre-se de passar protetor na parte inferior do nariz).

Uma outra dica é levar um livro, já que a internet a satélite do navio nem sempre está com a conexão boa, além de binóculos para enxergar os animais de perto quando se está no navio. Não esqueça da roupa de banho para entrar na piscina e pular no mar, e também remédios para enjoo. 

Programação

Enquanto ainda não existe terra à vista, é possível se divertir com as atrações do navio, como piscinas, massagens, shows e diversas palestras sobre o ambiente antártico que são oferecidas. 

Chegando na Antártica, você se depara com uma imensidão de neve, colônias de pinguins, baleias nadando ao redor do barco e muito frio. Os passageiros vão ao continente em zodiacs, botes de expedição motorizados, para explorar as paisagens deslumbrantes. 

Os passeios são realizados em diversas ilhas, onde se encontram várias espécies de animais próprios dessa região. As programações mais populares são as trilhas, visitas a antigas bases de pesquisa que se tornaram monumentos históricos, pulos nas águas congelantes do mar e as excursões com caiaques e zodiacs, para chegar perto de geleiras, icebergs e baleias. 

Para os mais corajosos, existe a opção de acampar uma noite na neve, o que exige bastante preparo para enfrentar o clima extremo. 

Segurança Ambiental 

Ao visitar terras inóspitas, precisamos lembrar de preservar essa parte tão importante do mundo. É estritamente proibido tocar em qualquer animal, sendo instruído uma distância mínima de um metro, ou levar qualquer coisa que você ache por lá para casa. 

Quando chegar ao cruzeiro, as roupas e sapatos de neve devem ser levados para desinfetar, evitando que qualquer vírus ou bactéria entre em contato com a fauna e flora antártica, protegendo as espécies que vivem lá. Esse mesmo procedimento ocorre toda vez que alguém entra ou sai do navio. 

A Antártica é um continente de paisagens deslumbrantes e ainda muito inexplorado. Protegê-lo é essencial, e conhecê-lo é uma grande aventura e um privilégio.  

O artigo acima foi editado por Mariana Miranda Pacheco.

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Anna Goudard

Casper Libero '25

Journalism student, passionate about pop culture, writing, musicals and discovering the world. I could talk about Shawn Mendes for hours.