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Whatsapp Caiu? Entenda O Fenômeno Que Parou O Mundo Dentro E Fora Das Redes Sociais

The opinions expressed in this article are the writer’s own and do not reflect the views of Her Campus.
This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter.

Na segunda-feira, 4 de outubro de 2021, o Brasil e o mundo se chocaram com a queda de três das redes sociais mais famosas do planeta: Instagram, Facebook e Whatsapp. Foi no intervalo entre o 12h e 14h que os usuários pararam de receber mensagens, publicações e quaisquer atualizações de cada uma das redes.

Em um evento que marcou a história da internet, foram ao todo 6 horas fora do ar. A partir do 12h30, os usuários começaram a perceber instabilidade no aplicativo de mensagens. Por causa disso, e para se virar na comunicação, internautas migraram para Twitter, TikTok e até Telegram – na tentativa de continuarem conectados e manterem, da melhor maneira possível, o dia a dia.

Foi só às 18h40 que, no Brasil, usuários conseguiram se reconectar e trocar mensagens com outras pessoas. Mas, e nesse intervalo, como se viraram aqueles que dependiam destas redes para a comunicação e andamento do próprio trabalho? E a pergunta que não quer calar? Por que três das mais influentes redes do mundo simplesmente pararam de funcionar?

O que aconteceu

Não se sabe com 100% de certeza o que de fato aconteceu no fatídico dia. Contudo, os impactos de uma falha que pode entrar para a história movimentaram especialistas de todo o globo sobre as possíveis causas para a queda do funcionamento do Facebook, Instagram e Whatsapp.

Logo após os primeiros indícios de instabilidade, especialistas em segurança de dados falaram sobre um possível problema no chamado ‘Sistemas de Nomes de Domínio’, que é um sistema responsável por registrar o nome de todo e qualquer site e plataforma registrado online. Isso porque, ao tentar acessar os sites da hora da pane, era possível se deparar com a expressão “erro de DNS” – que é a sigla em inglês para os sistemas de domínio.

Além disso, a conta oficial do Twitter da ‘ThousandEyes’ – divisão de análise da internet da cisco – também apostou na falha deste mesmo sistema, que é quase como uma “lista telefônica” da internet. Ou seja: os computadores simplesmente não conseguiam encontrar os domínios “instagram.com” e “facebook.com”, como se eles não existissem.

A administração destas redes confirmou que não se tratou de um problema relacionados a hackers, contudo. De acordo com informações divulgadas pelo próprio Facebook, a pane global se deu após um chamado “efeito cascata” nas configurações dos respectivos sites, que interrompeu a comunicação e afetou também o Instagram e Whatsapp.

A empresa também lançou uma nota oficial pedindo desculpas pelo ocorrido. “A todas as pessoas e empresas que dependem de nós, lamentamos o transtorno causado pela interrupção de nossas plataformas”. O Facebook chegou ainda a emitir um para avaliar a disponibilidade da capacidade da rede da empresa – que derrubou os sites por excesso de demanda.

No período de instabilidade, o Facebook chegou a publicar também no Twitter um pedido de desculpas aos usuários pelo ocorrido. “Estamos cientes de que algumas pessoas estão enfrentando problemas com o WhatsApp no momento. Estamos trabalhando para que as coisas voltem ao normal e enviaremos uma atualização assim que possível”.

O impacto da queda na vida da população

Mark Zuckerberg perdeu cerca de US$ 6 bilhões com a queda do Facebook – que deixou mais de 3,5 milhões de usuários na mão. Além disso, caiu da posição de quarta para quinta pessoa mais rica do mundo. Na Bolsa de Valores, as ações das redes sofreram uma queda de 4,9%. Mas como esses impactos atingiram a população e, principalmente, os brasileiros?

Em São Paulo, a pane do Whatsapp foi questão de saúde para Tatiane do Amaral, aos 41 anos de idade. Isso porque, morando em um sobrado junto do pai, ela passou mal e tentou, inutilmente, contatar o pai por mensagens de Whatsapp que não estava se sentindo bem. Os dois estavam em andares distintos da casa e, por causa disso, Tatiane não foi ajudada e chegou a ficar 20 minutos desmaiada sem que ninguém soubesse.

Tatiane explicou a condição que a faz ter desmaios recorrentes para a UOL. “”Às vezes eu tenho um dumping, que é como se fosse uma hiperglicemia. Dependendo da quantidade de açúcar ou gordura que eu ingiro, isso pode entrar rápido no corpo, que não consegue absorver”. E ainda completou, “Era extrema (fraqueza), tinha tontura, falta de ar, sudorese. Eu não conseguia falar direito. Levantei e fui para a cama. Minha casa é um sobrado grande e, para não gritar, a gente geralmente manda mensagem de WhatsApp. Meu pai usa bastante o aplicativo. Naquela hora, eu não tinha força para gritar e pedi por texto para ele trazer um pão e uma água, que ajuda nessas horas, e momentos depois apaguei”.

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Anna Schultz / Her Campus

Por sorte, o pai da advogada chegou no quarto no momento em que ela estava acordando. A família, acostumada com a condição da mulher, soube preparar os primeiros socorros e Tatiane se recuperou e passa bem. Mas não só na saúde – a economia de pessoas que dependem do comércio online também sentiu os efeitos da pane.

Ao G1, a vendedora Kelly Cristina Teixeira narra que ficou desesperada ao notar a queda no rendimento de sua loja de roupas na segunda-feira atípica em que ficou sem o seu principal vendedor: o Whatsapp.

“De repente tudo parou, pensei que o problema era da minha internet, agora vejo como somos dependentes desses aplicativos. Eu tinha uma loja na rua Augusta. E com a pandemia fui obrigada a fechar e me dedicar 100% a esse novo modelo digital. As coisas já não estão fáceis e agora tem essa queda, só por Deus”, desabafou.

Luíza Fernandes

Casper Libero '24

Journalist looking up to make some memories in a short life and a wild world :)